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Enviada em: 22/06/2017

O Brasil passa atualmente por debates fervorosos no que tange as propostas de reforma no sistema previdenciário. Os dois lados são colocadas em pauta, no entanto, os reflexos negativos do trabalhador são mais evidenciados no aumento prejudicial da quantidade de anos de trabalho e tempo de contribuição desumano para pessoas inválidas.     A elevada idade prevista na mudança da previdência juntamente com o grande tempo de contribuição para aposentadoria diz respeito a uma medida, de certa forma, nociva para a população. Pessoas com idade avançada tornam-se um fardo para empresas que usam como pretexto para demissão a falta de atualização dessa parcela, fazendo com que o mercado esteja fechado e a manutenção do emprego incerta. Ademais, começar a vida trabalhista cedo também é um problema, visto que, cada vez mais as empresas buscam pessoas experientes e qualificadas tornando a obtenção do primeiro emprego muito difícil.   Além disso, o aumento no tempo de contribuições para pessoas consideradas inválidas para o trabalho é uma alternativa desrespeitosa com a população, à medida que, pessoas com tal problema não tem condições físicas de empregar-se para, então, pagar os 36 meses referentes à reforma. Assim, reflete o quão grave é a situação de cidadãos que ficariam impossibilitados de receber a aposentadoria e consequentemente, arcar com suas obrigações financeiras.    Segundo Aristóteles, a ética expressa-se e atinge sua excelência pelo cumprimento da justa medida, isto é, pela seleção do intermediário entre dois extremos. Dessa forma, as medidas previstas na proposta devem articular-se, de maneira que, favoreça tanto os trabalhadores quanto as questões relacionadas ao déficit nos cofres públicos.    É necessário, portanto, pensar em alternativas que alcance essa justa medida. A população aliada à sindicatos e ONGs pode posicionar-se frente aos debates, de forma que, sua opinião por meio das redes sociais, assembleias e greves gerais, possam impactar às decisões públicas. O Legislativo tem o papel de repensar as ideias da reforma com base em estudos sociológicos e posicionamento da sociedade, além de possibilitar a manutenção e inserção de pessoas no mercado através de cotas obrigatórias para grupos de risco, como idosos e jovens, visando a estabilidade do trabalho e consequentemente o dinheiro arrecadado.