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Enviada em: 23/06/2017

O Brasil adentrou um ciclo de auto destruição de seu sistema laboral, e o governo reformou a Previdência Social como uma solução imediatista. A baixa qualificação do profissional brasileiro gera níveis salariais reduzidos, e consequentemente a menor contribuição possível com a Previdência. A crise no sistema se estabelece então pelas escassas aposentadorias, fato que induziu o Legislativo a estender o período mínimo de contribuição antes de se aposentar, gerando assim novos problemas de cunho social.  Comparativamente com a Lei do Sexagenário do período colonial que libertava escravos após 65 anos num cenário em que a maioria nem alcançava essa idade, os trabalhadores brasileiros do século XXI, de acordo com a nova reforma, têm que trabalhar durante esse mesmo tempo. Contudo, diante das distintas regiões, com diferentes condições trabalho, a expectativa de vida populacional não é a mesma para todo território nacional. A população nordestina, por exemplo, começa a trabalhar muito antes da sulista, e muitas vezes em trabalhos compulsórios na agricultura.  Por outro lado, manter pessoas em atividade por muito tempo impede que jovens ingressem no mercado de trabalho. Os pouco que ingressam em universidades públicas e são recém formados, enfrentam hoje um forte desemprego, fato que, direciona essas pessoas a empregos mais tecnicistas e de menor piso salarial, alimentando assim o início de tudo, em que continuamos gerando poucos fundos para aposentadoria. Os brasileiros, então, buscam meios alternativos de garantir uma vida estável durante a terceira idade como a contribuição com a Previdência Privada.  Diante disso, o governo poderia optar por solucionar a crise pelo incentivo ao ensino superior, através de subsídios para o ensino básico como a melhoria das escolas públicas para dar aos jovens novas expectativas de ingresso em universidades e assim almejar melhores empregos. E por fim, as escolas poderiam promover palestras para conscientizar os estudantes do cenário atual e mostrá-los que eles são a geração futura que pode trabalhar em prol dos que já contribuíram muito com a Previdência Social.