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Enviada em: 25/06/2017

Financiamento fantasma   Com o significativo aumento da expectativa de vida e o suposto desequilíbrio das contas públicas,a reforma da previdência entra em pauta.Um dos maiores pilares da seguridade social e tripé do estado de bem estar social, vira alvo de medidas austeras . No entanto, as  propostas de reformas não condizem com as suas  causas de origem e propõem retaliações sociais injustas a direitos consagrados na constituição de 1988.    Os direitos da seguridade social como a previdência, conquistada paulatinamente desde a era vargas encontra-se sob profundas ameaças.Com o aumento da expectativa de vida e o arrefecimento reposicional da população ativa prevista para as próximas décadas,a reforma previdênciária passa a ser debatida e questionada nas casas legislativas.Alega-se que os fundos da receita privada de financiamento(empregadores e trabalhadores) não ostenta o índice de redistribuição.No entanto,estudo realizado pela associação de auditores fiscais(Anfip) afirma que o agravante não será resolvido com ajustes fiscais uma vez que estes não contabilizam as causas estruturais do problema.        Segundo a Anfip, a soma das arrecadações privadas em conjunto com a CPMF contribui com 90% das arrecadações, enquanto as receitas públicas(estado e servidores públicos) com apenas 10%.Além dessa assimetria, as causas do deficit,segundo o orgão,se assentam na realocação das fontes oriundas das contribuições e não em sua carência,pois boa fatia  dos recursos da previdência são direcionados para outros setores da seguridade social que acabam sofrendo cortes em prol da amortização dos juros da divida pública.         É de suma importãncia,portanto,a reavaliação da reforma ,pois o problema não reside na fonte dos recursos.Uma reestruturação do modelo econômico,ao invés de um ajuste fiscal injusto, como o bloqueio das terceirizações e a promulgação de empregos estáveis ao braço ativo de nossa economia amplifica as fontes de receita e dirime as lacunas vigente.