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Enviada em: 25/06/2017

Necessária. Rígida. Desigual. Este é o cenário caótico da reforma da previdência no Brasil. Em um país com regiões que mostram diferentes expectativas de vida e empregos com diversos tipos de rotina, fica claro que ter uma reforma sólida para uns e diferenciada para outros é injusto, mas necessária para que em um futuro próximo não seja preciso reformulá-la. Assim, igualar a idade, dos homens e mulheres, minima para se aposentar e desjuntar setores públicos da reforma só trazem mais contendas para a aprovação da reforma.       Aplicar a isonomia na idade mínima para aposentar homens e mulheres é bastante incabível. Neste contexto, em muitas famílias a mulher tem uma dupla jornada de trabalho, ou seja, trabalha no emprego e, em casa, cuida dos afazeres domésticos e familiares. Dessa forma, essa igualdade traz prejuízos à saúde da mulher e consequentemente à reforma, pois se ela trabalha menos contribui menos.       Já em relação aos servidores públicos, a desigualdade é ainda maior. Segundo o jornal Estadão, o déficit com a previdência pública é de 90 bilhões. Isso, para atingir menos de um milhão de funcionários. Já para a iniciativa privada, o déficit é cerca de 92 bilhões. Porém, para um número de beneficiários muito maior, mais de 32 milhões. Neste caso,  os dados por si só explicam a ineficácia e enrijecida proposta, que mesmo com a aprovação o saldo negativo continuará a crescer.       Diante do exposto, sabe-se que a reforma é necessária devido a expectativa de vida dos brasileiros estar aumentando e a taxa de natalidade diminuindo, mas com essa inflexibilidade e desuniformidade é inviável. Sendo assim, é preciso que o governo federal mantenha a disparidade entre homens e mulheres no tocante à idade mínima para se aposentarem. Ademais, deve-se por um fim nesse contraste entre previdência dos setores privado e público tornando-as igualitárias, na mesma proporção, ou seja, pareando-as. Com isso, a proposta da reforma será aceita e aprovado com mais facilidade e em um menor tempo.