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Enviada em: 25/06/2017

Desde 2014, o Brasil tem sido alvo de uma forte crise política e econômica. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o país vive a pior recessão da história. Em março de 2017, o governo federal apresentou a reforma da previdência que propõe mudanças no tempo mínimo de contribuição e na forma de cálculo para receber o benefício, dentre outras alterações.   O fim da aposentadoria antecipada para mulheres e a alteração na idade mínima para aposentadoria são as principais mudanças estabelecidas pela proposta. No modelo atual, a idade mínima para se aposentar no Brasil é 60 anos para os homens e 55 para as mulheres. A reforma propõe que ambos os sexos passem a receber os benefícios a partir dos 65 anos.      Um dos principais argumentos para justificar a igualização da idade de aposentadoria entre homens e mulheres é o fato de que estas possuem maior expectativa de vida. Por outro lado, é preciso analisar que as mulheres enfrentam dupla jornada de trabalho. Além disso, estudos divulgados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) revela que os homens recebem salários 30% maiores que as mulheres no Brasil.   Dado o quadro político e econômico do Brasil, é possível concluir que, além de viável, a reforma previdenciária é extremamente necessária. Entretanto, a mesma deve ser discutida e questionada não só por políticos e especialistas, mas também pelos trabalhadores. É necessário, portanto, que o governo torne o debate democrático e conscientize a população sobre as razões das mudanças. Ademais, torna-se indispensável a mobilização dos trabalhadores, criando ONGs para representar seus direitos diante do governo.