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Enviada em: 25/06/2017

Muito se discute ultimamente sobre as reformas da previdência social brasileira. Os gastos são maiores que as arrecadações e isso já ocorre há muito tempo. Hoje, a discussão paira sobre uma mudança, que por exigir urgência de aplicação, veio de maneira intensa e traz muitos impactos sobre a população. Diante disso, é preciso analisar alguns fatos que deveriam ser mais discutidos a fim de garantir equidade a população.      Em primeira análise, a expectativa de vida para calculo da idade mínima de aposentadoria não pode ser obtida de forma genérica, já que cada local tem sua especificidade e oferece condições diferentes. Diante desse fato, é discrepante comparar a saúde de um individuo que reside no Sudeste com outro do Nordeste, visto que a infraestrutura que cada um dispõe é díspar logo, não se pode fazer o mesmo calculo para os dois.      Além disso, o governo usa como base para cálculo do recebimento integral do beneficio a taxa de 51%, ou seja, leva em consideração que uma pessoa comece a trabalhar com dezesseis anos de idade para se aposentar com idade mínima. Essa escolha demonstra a despreocupação do Governo brasileiro com a formação de qualidade do individuo e intenção de iniciar logo como mão de obra barata para o mercado de trabalho. o que ilustra tal situação é a proposta de reforma do ensino médio que visa pronta formação do jovem para iniciar no mercado de trabalho e que desvaloriza o ensino superior.       A fim de que se minimize esse quadro problemático de reforma, portanto, é necessário que os Deputados Federais revejam as reformas e proponham mudanças na expectativa de vida diferenciada por região para atender cada cidadão de acordo com o que lhe foi oferecido. Outra medida seria aumentar a taxa de cálculo inicial do beneficio e para não alterar os cofres públicos, o desconto salarial para previdência pode ser maior nos primeiros anos de trabalho. Surgem, assim, possibilidades de se alcançar as mudanças necessárias e atender as necessidades da sociedade.