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Enviada em: 26/06/2017

Muito se tem discutido, recentemente, acerca de uma reforma no sistema previdenciário brasileiro - a conhecida PEC 287. E a principal justificativa - e mais polêmica - é o chamado déficit previdenciário - o saldo negativo resultante da diferença entre receita e despesas da Previdência que cresce ano após ano. Mas seria o principal motivo ?       Pode-se mencionar, por exemplo, que as contas oficiais, entre 2012 e 2016, revelam que o déficit triplicou - passou de 40,8 bi para 149,7 bi. Esses números se referem ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que abrange a maioria dos trabalhadores brasileiros. Embora, uma reforma seja necessária para o bem de ambas as partes - governo e população - o déficit previdenciário passa longe de ser o principal motivo.       O envelhecimento da população é um fenômeno de extensão global.  Na média, toda a população do planeta está ficando mais velha em decorrência de dois fatores principais: queda na taxa de fertilidade e a maior longevidade. Em consequência disso, nota-se, que dados de 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para um aumento significativo na faixa etária da população brasileira. Estima-se que em 2050 teremos cerca de 51,2 milhões de idosos, ou seja, 23% de toda a nossa população. Por outro lado, o fator determinante para a necessidade desta reforma não é apenas o déficit, mas a maior longevidade do brasileiro. Sendo assim, a expectativa que se tem para o futuro é que tenham mais idosos, e menos trabalhadores, gerando um desequilíbrio na Previdência.       Levando-se em consideração esses aspectos, conclui-se que a reforma previdenciária é necessária quando se analisa as previsões para anos à frente. Por conseguinte, a divulgação dos benefícios da reforma previdenciária pelo governo se faz necessária, por meio de campanhas para conscientizar a população de que nenhum direito garantido será violado, bem como buscar apoio da mesma.