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Enviada em: 08/07/2017

A sociedade brasileira mudou, temos mais idosos e uma menor taxa de fecundidade. Embora essa mudança na pirâmide populacional não tenha ocorrido de forma inesperada, os governantes não tomaram atitude alguma para corrigir os déficits da previdência. O que acarretou em uma reforma forte e necessária, mas que pode aumentar ainda mais a desigualdade no país.         Por conta da negligência do Poder público, o déficit da previdência pode chegar a R$ 167 bilhões de reais no ano de 2017, de acordo com o Governo Federal. Os governantes esperaram tanto para agir de maneira responsável, porque a reforma previdenciária é bastante impopular. Portanto, os políticos colocaram seus interesses pessoais de uma possível reeleição à frente do futuro do país. Ainda que o rombo da previdência possa afetar investimentos em setores essenciais para a população: saúde, educação, segurança e infraestrutura, por exemplo.         Muitos países passaram por esta mesma situação que o Brasil: famílias tendo menos filhos e os cidadãos envelhecendo mais. Mas antes que isso ocorra, há um fenômeno chamado janela demográfica pela geografia que permite o desenvolvimento do país e a proteção do seu futuro. Porém, por falta de responsabilidade fiscal do Poder Público, o Brasil não teve essa oportunidade. Agora o país precisa fazer a reforma de maneira rápida para que o dinheiro que seria destinado a setores importantes, principalmente para a população mais humilde, não tenha que ser usado para pagar aposentadorias.         Embora a reforma previdenciária precise acontecer rápido, é necessário cuidado com os cidadãos pobres. Para isso, os governantes não devem continuar com regalias dadas a alguns setores da sociedade às custas de uma população já desassistida em vários outros setores. Os servidores públicos, por exemplo, podem ser considerados ricos para a realidade do nosso país, mas possuem regras previdenciárias diferentes dos empregados particulares. Segundo dados do Governo Federal, embora exista menos funcionários públicos do que privados, esses representam maior custo na folha de pagamento da previdência.         Logo, a reforma é necessária, mas precisa ser justa. As classes mais baixas da população não se encontram no serviço público e não devem bancar os luxos de uma classe mais abastada, por exemplo. Deve-se exigir que a mudança proposta pelo Poder Executivo e que passará pelo Legislativo iguale o tratamento dado a todos os setores da sociedade. É o momento dos eleitores exigirem que seus deputados votem para que a classe mais baixa até a mais alta passem pelo mesmo rito no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).