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Enviada em: 13/07/2017

Reforma Social        No final do século 19, o chanceler Bismarck criou na Alemanha a aposentadoria, na qual tinha o objetivo de amparar trabalhadores com idade avançada. Muitos outros países adotaram esta ideia e hoje já é praticamente um direito básico. Entretanto, a falta de recursos gera uma intensa necessidade de uma aposentadoria razoável, o que motivou o governo brasileiro atual a sugerir uma reforma na Previdência.       A necessidade de uma reforma é iminente, pois o envelhecimento populacional já é um fato no Brasil, que já possui taxas de fecundidade de menos de 2 filhos por mulher e uma elevação constante na expectativa de vida. Ainda assim, o Brasil está longe de ser um país uniforme, e desconsiderar todas as desigualdades existentes, seria ignorar sua realidade, portanto, a reforma atual não seria uma boa opção.         Segundo dados do Datafolha, a expectativa de vida chega a ter uma variação de mais de 20 anos em uma mesma cidade. Se em bairros diferentes já há tamanha diferença, um conceito de idade mínima para se aposentar para todo Brasil é extremamente incoerente. Além disso, isso até mesmo agravaria a situação da desigualdade social existente no país, pois a renda seria distribuída de forma desigual entre aqueles que possuem maior expectativa de vida.        O Brasil hoje, segundo a ONU, é um dos países mais desiguais do mundo. Cerca de 5 % da população possui renda maior que metade da população. Este cenário é típico de países sub-desenvolvidos e manter isso, seria ir contra o avanço. Para solucionar este problema é necessário que o Estado compreenda que igualdade nem sempre é justiça e aplique mudanças mais adaptadas às diferentes parcelas da sociedade.        No momento atual e num futuro próximo do Brasil, é inevitável uma reforma no setor previdenciário, entretanto, não se pode ignorar a imensa desigualdade social e econômica do país, portanto, o caminho mais viável seria uma reforma baseada na renda individual. O governo federal deveria impor limites divergentes, se baseando nas médias de tempo de vida e trabalho de cada renda média, assim garantindo os direitos constitucionais e gerando uma melhor distribuição de riquezas.