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Enviada em: 23/07/2017

O Brasil enfrenta uma das maiores recessões econômicas da sua história, agravada pela maior crise política desde sua redemocratização em 1985. Neste cenário, a discussão de reformas no atual sistema previdenciário, que vem agravando a crise devido aos prejuízos dados, torna-se imprescindível para a recuperação do país. O governo brasileiro protelou por muitos anos a discussão de reformas no atual sistema previdenciário, que há muito vem dando prejuízos aos cofres públicos. Tais prejuízos advêm do número de beneficiários, que devido ao envelhecimento da população brasileira, aumentam desproporcionalmente ao número de contribuintes, que vem diminuindo devido ao desemprego gerado pela crise econômica. A atual reforma em discussão visa, entre outras coisas, aumentar a idade mínima para a aposentadoria em 10 anos no período vigente para as mulheres e 5 anos no dos homens. Todavia este aumento não condiz com a expectativa de vida da população brasileira, que varia significativamente de acordo com a região, sendo que justamente nas regiões rurais, onde a expectativa de vida é menor, o benefício é muitas vezes a principal ou única fonte de renda do lar. A discussão tardia destas reformas expõe o despreparo dos governantes, dado que o fenômeno de envelhecimento observado no Brasil é uma tendência presente em todo o mundo industrializado e é observado desde a primeira Revolução Industrial britânica no fim do século XVIII. Desta forma, o tema deve seguir em discussão de maneira que novos caminhos sejam propostos, devendo a população brasileira ser consultada, já que se direcionam a ela as principais consequências da reforma, e aos governantes cabe acatar as sugestões populares, fazendo jus ao título de representante que lhes são dados.