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Enviada em: 30/07/2017

A pirâmide etária brasileira tem-se transformado nas últimas décadas. Com o aumento da expectativa de vida e com a redução da taxa de natalidade, a população tende a envelhecer progressivamente nos próximos anos. Por conseguinte, à longo prazo, haverá um déficit na relação entre a população economicamente ativa e os aposentados. Para resolver esse problema, o atual governo propôs, apesar de injusta, uma reforma previdenciária.       Umas das principais mudanças é a estipulação da idade mínima para se aposentar: 65 anos. Entretanto, devido à desigualdade no Brasil, a expectativa de vida no país varia entre 70 e 78,4 anos, de acordo com o IBGE, ou seja, muitas pessoas quase não desfrutarão do benefício. Isso evidencia, ainda mais, as injustiças sociais e promove uma discrepância ainda maior entre os estados.       Ademais, para se receber o valor integral da aposentaria, deve-se contribuir por, no mínimo, 40 anos. Conquanto, sabe-se que quanto mais avançada a idade, menores sãos as oportunidade no mercado de trabalho. Então, se uma pessoas ficar desempregada aos 50 anos, por exemplo, as chances dela conseguir um emprego são baixas, e, por isso, passará mais tempo sem contribuir e, consequentemente, terá um déficit na quantia a ser recebido.       Portanto, apesar de necessária, a reforma ainda está longe de beneficiar a população. Para haver uma reforma mais justa, equilibrada e eficiente, deve-se levar em conta as condições e a expectativa de vida em cada estado e, assim estipular a idade mínima de trabalho de acordo com esses aspectos. Além disso, o Legislativo pode, com o auxílio dos sindicatos, criar leis que incentivem os empregadores a contratarem pessoas com idade avançadas ou perto de se aposentarem. Com isso, aumenta-se a PEA, movimentando a economia. Assim, gradativamente, construir-se-á uma sociedade com menos desigualdade e que consiga atender, eficientemente, todas as faixas etárias.