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Enviada em: 06/08/2017

No início da Idade Moderna, as pessoas inativas economicamente eram deixadas à própria sorte, aumentando os índices de miséria e pobreza. Ao longo dos anos, os estados passaram a fazer uma espécie de poupança para cuidar de população economicamente ociosa, especialmente idosos, doentes e inválidos. Já atualmente, o  tema da desigualdade econômica vem dominando os debates políticos e sociais.    Nas ultimas semanas, o que sempre se fala em jornais e revistas são as reformas do sistema previdenciário brasileiro propostas pelo atual presidente Michel Temer. Recentemente, houveram inúmeras manifestações pelas ruas e pela web e ainda uma greve geral contra a reforma da previdência. A população pedindo para que a mesma não fosse aprovada, uma vez que aceita, mudaria diversos direitos dos cidadãos. Dentre eles, algumas mudanças são: alteração na idade mínima, na aposentadoria rural, para servidores públicos e nas regras de transição.    Segundo o governo,  as novas regras do INSS serão implementadas devido ao aumento nos gastos da aposentadoria, já que o prejuízo pode chegar a R$ 167 bilhões até o final do ano, principalmente com o desemprego em alta no país. As despesas do Brasil com a Previdência são incompatíveis com a conjuntura econômica e demográfica do país. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil gasta mais de 13% do seu Produto Interno Bruto (PIB) com a Previdência, percentual superior ao de países como Noruega, Alemanha, Suécia e Bélgica - mais ricos e mais envelhecidos do que o Brasil.    Ademais, o que mais revolta a população é o fato desta proposta ser feita pelo presidente Michel Temer, o qual, se aposentou com 55 anos de idade, com um salário de 35 mil reais. Sendo que, tais números não conferem com a realidade brasileira, uma vez que, em diversos estados como: Maranhão, Tocantins, Pará, entre outro as expectativa de vida chega apenas aos 62 anos, e ainda uma baixa remuneração, consequentemente, a sociedade não conseguiria alcançar a aposentadoria proposta que é aos 65 anos.      No entanto,  com o número maior de idosos, e menor de trabalhadores ativos retrata que os limites de idade desenhados no passado para sustentar as aposentadorias não condizem mais com a atual realidade do Brasil. E consequentemente a médio ou longo prazo, caso a reforma não seja aprovada, o governo não terá condições de pagar os aposentados. E ainda posteriormente, a economia sofrerá com efeitos negativos sobre o crescimento econômico, desemprego e inflação. Como dizia Millor Fernandes o Brasil, é um país do futuro, sempre.