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Enviada em: 20/08/2017

Com a progressão das dívidas públicas nos últimos anos, tramita no cenário nacional a nova proposta do governo que tem como objetivo promover mudanças significativas na Previdência Social. Em razão da recente posição econômica deficitária brasileira, a propagação da sugestão de reforma da previdência alardeia a população, de forma que altera o tempo de contribuição, aumentando consideravelmente, em anos, a sua jornada de trabalho.        Ao longo da formação do estado democrático brasileiro as ações para efetivação das leis relacionadas à previdência são vistas como tentativas que falharam erroneamente, causando um déficit econômico imponente na sociedade. De acordo com o sistema previdenciário atual, a mulher e o homem precisam completar 60 e 65 anos para se aposentar, respectivamente. Diante da reforma, o governo pretende uniformizar a idade para 65, independente do gênero, aumentando o período mínimo de contribuição ao passo que ameniza as dívidas públicas. Assim, a  causa das mudanças drásticas que permeiam esse projeto de “reconstruir a lei”,incorpora diferentes aspectos vigentes na sociedade brasileira: o déficit na Previdência Social e nas contas públicas e o envelhecimento gradativo da população.        Nesse sentido, a reforma da previdência no Brasil evidencia sua origem social-filosófica por meio da concepção de Karl Marx que diz “todo o tempo disponível do homem é para o trabalho e sua vida pertence apenas para valorizar capital financeiro”. Tal afirmação decorre da incoerência da alteração das leis que rogam a previdência, pelo fato da carga horário brasileira ser de 40 horas semanais e, dessa forma, submeter o trabalhador ao cansaço e pressão psicológica diariamente. Além disso, o determinismo demográfico demonstrado no envelhecimento populacional no país gera uma queda rápida e significativa que, somada ao saldo deficitário atual, ameaça a sustentabilidade do sistema previdenciário de diversas formas.        A proposta da reforma da previdência em meio a um período de recessão econômica torna-se repentina e desfavorável às críticas, por apresentar drasticamente mudanças que alteram de maneira significativa a vida dos brasileiros. Com isso, cortar os benefícios dos trabalhadores não é a única forma de sanar as contas da previdência, é necessário aumentar as arrecadações aplicando a lei em vigor e reparar os ralos por onde o dinheiro escapa. Logo, mais importante que realizar um reforma na previdência é adotar políticas macroeconômicas, que levem à altas taxas de crescimento e aumento da produtividade do trabalhador, só assim faz-se o reequilíbrio total do sistema. não utilize expressões coloquiais.