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Enviada em: 07/09/2017

26 de março de 1888. O Imperador Dom Pedro II decreta que os trabalhadores dos Correios poderiam se aposentar após 30 anos de trabalho e pelo menos 60 anos de vida. Nesses 129 anos de história, as mudanças no sistema previdenciário brasileiro não acompanharam a evolução socioeconômica, sendo necessário, agora, medidas drásticas que afetam a vida de todos os trabalhadores. A reforma se torna necessária quando analisamos os dados referentes ao futuro. A baixa taxa de natalidade e mortalidade do país, somado aos altos índices de desemprego, nos colocam em uma posição nada confortável. O número de contribuintes não será suficiente, enquanto o número de aposentados só cresce. O número de trabalhadores informais, aqueles que não contribuem para o sistema, aumenta proporcionalmente com o desemprego. Juntando esses dados à divida da previdência com grandes empresas, temos uma conta que não fecha.  Por outro lado, a expectativa de vida do brasileiro está em constante aclive, e a inserção no mercado de trabalho se dá mais tardiamente. As funções, antes em condições mais precárias e insalubres, hoje estão cada dia mais confortáveis e seguras, acompanhando a evolução industrial e tecnológica. Isso acaba por aumentar o período em que os trabalhadores possuem saúde física e psicológica para continuar exercendo suas funções.  Logo, a reforma é algo imprescindível, mas que precisa ser estudada para que seja justa com o trabalhador. É necessário que a Procuradoria Geral da Fazenda cobre a dívida, reforçando os cofres. É preciso, também, que o Ministério Público do Trabalho inclua o tempo de graduação na contribuição, dessa forma, trabalhadores que são formados não precisam trabalhar 5 ou 10 anos a mais que aqueles que optaram, ou não tiveram a oportunidade, de fazer ensino superior. Dessa forma, estaremos mais preparados para o futuro dos nossos aposentados.