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Enviada em: 20/04/2018

Planejamento deveria ser carro chefe para todos os projetos, enxergando as consequências e utilidades implicadas. Se tratando de olimpíadas, diversos são os registros quando referidos aos países sedes, sobre o que gastaram, beleza e grandiosidade de suas obras, o Rio 2016 não ficou para trás. Mas quais foram as consequências? Será que vale a pena receber um evento de tal magnitude?       Para compreender, o Comitê Olímpico Internacional (COI) é o grande organizador e idealizador das Olimpíadas, é ele que determina suas sedes por ano de acontecimento, juntamente a essa decisão, os países escolhidos que por sua vez foram candidatos, têm exigências a serem atendidas, como um "check list" adotando um padrão em grande escala, dessa forma, a escolha do país não garante a certeza de sediar, mas atender as obrigações sim, sendo possível suspender o país receptor no meio do processo, por isso houve empenho e investimento numeroso no Rio 2016.       Pensando em organização, ao fazer uma analogia sobre as olimpíadas e uma família que recebe visitas para um jantar, entende-se que o país - a família - investe sem escrúpulos no acontecimento - o jantar - para receber com excelência os turistas - as visitas. A consequência desse tipo de investimento é que na maioria das vezes o investimento vai muito além dos gastos comuns do dia-a-dia, por atender uma boa imagem e exigências.  O ex-prefeito do Rio Eduardo Paes, afirma ter valido a pena sediar as Olimpíadas, mas se não houve continuidade no desenvolvimento, principalmente financeiro, do que adianta uma estrutura inutilizada, por exemplo? No fim o prejuízo fica e os investimentos caem, não há manutenção do padrão, bem como acobertam o desfalque econômico aplicado, ou seja, uma hora você come pão na janta e um belo dia come lasanha, quando as visitas se vão, a lasanha simplesmente é esquecida e volta o pão, está faltando planejamento ou falta de compromisso perante o poder público.       Em resumo, apesar do "planejamento de legado", o pós parece insustentável, aonde uma população é esquecida, obras abandonadas, vezes destruídas ou até mesmo nem foram concluídas, desvios de verbas ou verbas improprias que causam instabilidade econômica no país, problemas sociais ainda maiores por centralização dos benefícios e não menos importante, o aumento da inflação e dos produtos, consequentemente. O país deve calcular seu potencial atual de receber este mega evento, já que o que for aplicado em benefício as olimpíadas, a população como anfitriã, deve ser beneficiária logo em seguida e para que isso ocorra, o poder público é quem deve estar a frente, uma vez que torna mais possível a equidade do benefício. Ter continuidade nos processos e projetos é de fundamental importância para que todo sistema funcione.