Materiais:
Enviada em: 17/03/2017

O Panamericano no Rio de Janeiro, em 2007, e a Copa do Mundo, em 2014, não era o bastante para a cidade maravilhosa, faltava o maior evento esportivo do Planeta - As Olimpíadas. Foram gastos R$ 24,6 bilhões, com prioridade em três áreas da cidade maravilhosa: Zona Sul, área portuária e Barra da Tijuca. Uma herança urbana e esportiva que privilegia a elite carioca, em contraste com as precárias condições sociais passadas pelos cidadãos e o crescente desgaste ambiental.      Mesmo com a grave crise do Estado do Rio, as obras bilionárias seguiram como o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Orçada em R$ 1,151 bilhão, com dois eixos previstos: Rodoviária Novo Rio - Aeroporto Santos Dumond, Central - Barcas. Quando concluída terá 32 estações com capacidade para 300 mil passageiros por dia restrito ao centro do Rio.               Assim também o Metrô linha 4, tem como projeto ligar a Barra até Ipanema, com 16 km de extensão. A retirada de dois mil veículos por hora/pico, com trajetos feitos em minutos da Barra ao Centro justificaria os R$ 8,79 bilhões. Logo, grandes grupos e empreiteiras faturam com as Olimpíadas, ditaram as regras e os lucros, sem discutir com a população modos de diminuir a segregação social.       Portanto, o poder público deve tomar medidas, programas sociais devem ser incluídos ao Espírito Olímpico. A urbanização de favelas são necessidades reais, assim como corredores de ônibus BRT que beneficiem a população pobre, cada vez mais empurrada dos grandes centros. Deve-se também, investir no reaproveitamento dos espaços utilizados nos jogos, promovendo shows, festivais, pontos turísticos, arrecadando recursos e mantendo os locais ativos. Destinar parte dos impostos faturados com o Parque Olímpico para educação de áreas carentes, permitindo a mobilidade social. Caso contrário, o Rio vai continuar lindo para turistas e a elite carioca.