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Enviada em: 18/03/2017

O Panamericano no Rio de Janeiro, em 2007, e a Copa do Mundo, em 2014, não era o bastante para a cidade maravilhosa, faltava o maior evento esportivo do Planeta: as Olimpíadas. Foram gastos R$ 24,6 bilhões, segundo o site da Carta Capital (acesso em 13 junho de 2016), com prioridade em três áreas: Zona Sul, área portuária, e Barra da Tijuca. Uma herança urbana e esportiva que privilegia somente a elite carioca.      Ao mesmo tempo, o site da Revista Exame, notifica que o Comitê Rio-2016 reconhece o estado de calamidade pública decretado pelo governo carioca. Mesmo assim, as obras bilionárias seguiram, entre elas: o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), Linha 4 do Metrô, corredores de ônibus BRT. Paralelo a isso, a comunidade carente tem menor investimento público em setores essências à vida social, como a saúde, educação e a segurança. Na qual, favorece o aumento do desemprego e da violência nas favelas.        Além disso, a solução para o crescente desgaste ambiental da cidade maravilhosa, não despoluição da Baía de Guanabara e ameaça de uma epidemia do Zika vírus, foram negligenciados pelo Comitê Olímpico. Logo, grandes grupos e empreiteiras faturaram com as Olimpíadas, ditaram as regras e os lucros, sem promover a diminuição da segregação social e o investimento na precária situação ambiental.     Portanto, o poder público deve tomar medidas, como investir no reaproveitamento dos espaços utilizados nos jogos, promovendo shows, festivais, pontos turísticos, arrecadando recursos e mantendo os locais ativos. Para esse fim, é necessário destinar parte dos lucros faturados com o Parque Olímpico para a educação de áreas carentes, permitindo a mobilidade social. Deve-se, também, melhorar a administração das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora), para aumentar a eficiência do policiamento no combate a violência. Caso contrário, o Rio vai continuar lindo, apenas para turistas e a elite carioca.