Enviada em: 12/02/2018

Prejuízo      Quando foi anunciado, pelo governo brasileiro, que o país iria sediar o mais importante eventos mundial, as Olimpíadas, muitas promessas foram feitas. Os defensores das festas argumentavam que se tratava de uma oportunidade única, em que o Brasil seria beneficiado pelas obras realizadas e pela chance de expandir o turismo com a grande visibilidade conferida à sede pelas competições. Depois da realização dos eventos, constata-se que grande parte dos benefícios esperados não foram alcançados e que o tão comentado legado teve mais aspectos negativos do que positivos.      Grande parte das obras de infraestrutura, que mais serviriam efetivamente à população após a realização das comemorações, não se concretizaram. Algumas delas foram canceladas, outras não seguiram os planos originais e muitas não foram terminadas dentro do prazo, estando pendentes até hoje. Além disso, o custo para sua realização foi superior ao previsto inicialmente. Isso evidencia os grandes problemas de planejamento existentes na máquina pública brasileira, que até conseguiu realizar as cerimônias sem maiores problemas, mas não foi capaz de transformar os grandes investimentos realizados em melhorias significativas.          Há que se falar ainda dos estádios. Diferentemente do que ocorreu com as obras de infraestrutura, todos eles ficaram prontos a tempo e foram utilizados nos jogos dos espetáculos . As arenas, como são chamadas, foram financiadas quase que totalmente por dinheiro público e tiveram o custo de bilhões de reais. Passada às competição muitos estádios se encontram abandonadas e dando prejuízo aos governos estaduais devido ao alto custo de sua manutenção. O turismo, por outro lado, foi realmente um aspecto positivo, o Brasil ganhou visibilidade, embora isso não tenha sido suficiente para compensar as já citadas heranças negativas que as comemorações deixaram.     Sendo assim, é possível concluir que os legados deixados pelo evento mundial foram predominantemente negativos para o Brasil. Os gastos efetuados não foram convertidos em benefícios para a população como era esperado. Devido a isso, resta ao poder público concluir as obras inacabadas. Além disso, os governos estaduais devem reduzir e, se possível, eliminar os prejuízos gerados pelas arenas através de parcerias com o setor privado. Por fim, cabe ao Ministério responsável, a tarefa de melhorar a infraestrutura dos principais destinos turísticos do país, para aproveitar a visibilidade alcançada com os torneios e potencializar essa importante atividade econômica.