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Enviada em: 01/07/2018

A internet exerce um papel fundamental na realização das atividades humanas, principalmente por conectar várias partes do mundo em uma sociedade em redes. No contexto atual, a popularização de meios de comunicação como o Facebook, o Twitter e o Instagram, por exemplo, permite que todos os usuários tenham voz e poder de propagar notícias - podendo serem verídicas ou não. Essas últimas, em especial, desempenham um efeito negativo quando em vista a responsabilidade virtual, pois, em sua maioria, são aderidas por muitos, que compartilham e curtem sem ao menos verificar a fonte da informação. Assim, várias são as consequências do uso indevido dessas ferramentas, sendo o mais notório deles a alienação do homem.       Em 1988, período em que o mundo estava passando por um intenso processo polarização ideológica, foi veiculado por um jornal estadunidense que vacinas em crianças eram as principais responsáveis pelo autismo. Embora desmentido pela comunidade científica internacional, a notícia ganhou proporções alarmantes, culminando em um movimento global contra vacinas, conhecido como "Vaccines: Keeping Kids Safe". Como resultado, várias famílias passaram a não imunizar suas crianças, o que contribuiu para que inúmeras doenças erradicadas voltassem a atacar (algumas delas até fatais).        Hoje, informações como essas, quando compartilhadas na internet, têm uma resposta instantânea. Muitos não chegam a ler a matéria ou verificar a fonte que a originou, o que revela a inclinação do homem a flexibilizar vários princípios morais e a sua passividade ao aceitar sem questionar. O advento dessas "fake news" acarreta em discursos de ódio, discriminação e preconceito, além de demonstrar que ainda há muito a ser feito para que o uso da internet se torne consciente, de maneira a propagar conteúdos elucidativos e democratizar o acesso à educação.        Torna-se evidente, portanto, que compartilhar conteúdos falsos gera riscos à sociedade. Nesse sentido, ações educacionais têm papel relevante a cumprir para coibir esse impasse. Em primeiro lugar, é fundamental que o sistema de ensino atual, por meio da capacitação de profissionais e incentivo em bolsas de pesquisas, desmitifique o modelo de um estudante inerte, fomentando nas aulas o discurso e o questionamento, de forma a buscar o conhecimento e não apenas aceitá-lo. Ademais, é imprescindível que a comunidade responsável pela gerência das redes sociais verifiquem o conteúdo que está sendo difundido em suas plataformas, a fim de evitar transtornos entre os benefícios de uma informação rápida e sua validade.