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Enviada em: 02/07/2018

Em uma época em que as redes sociais são a principal forma de inte-ração e fonte de informações entre as pessoas, compartilhar mentiras e boatos na internet é um risco evidente. A franca popularização transversal dos smartphones, alcançando diferentes culturas e faixas etárias, é útil para a promoção de informações e discussão sobre diferentes assuntos. Mesmo com tamanha utilidade, as redes não são capazes de por si só filtrar as informações úteis, demandando atitude do usuário da informação.       Tal condição é fundamental, pois é inadmissível que se proponha qual-quer tipo de filtro artificial ou censura às informações compartilhadas em rede. A imposição de uma autoridade nas redes de informações pode significar o enviesamento de opiniões, com consequências culturais e polí-ticas graves. Assim, a liberdade das redes deve ser um ponto inegociável, sendo o foco da restrição as notícias falsas centrado na atitude do consumidor da informação, já que cada um lê e acredita no que quer.       De modo que a sociedade possa obter melhores resultados no uso das mídias sociais, é importante destacar sua finalidade democrática e que o cidadão também tem responsabilidades na internet. Assim, o cidadão que infringe a lei deve sofrer a consequência de seus atos, pois a vida virtual é uma extensão da vida real. Depreende-se que crimes que tem sido apontados nas redes, notavelmente o preconceito e a discriminação, contam como premissa a consciência e a liberdade de que os comete.       Conclui-se, por conseguinte, que apenas o desenvolvimento do senso crítico é capaz de mitigar o risco de compartilhar mentiras e boatos na internet. Neste contexto, cabe às escolas e as famílias promover o diálogo sobre o assunto. Nas aulas de língua portuguesa, é importante que existam discussões referentes à estrutura de uma notícia verdadeira e como é sua devida abordagem. Em casa, pessoas de todas as idades devem debater os assuntos que leem, uma vez que a o compartilhamento de percepções subjetivas e opiniões contribuem para aperfeiçoar o senso crítico. Assim, sem censura, as pessoas privilegiarão informações úteis e construtivas.