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Enviada em: 24/08/2018

Desde a antiguidade, filósofos e pensadores buscavam uma melhor forma de exercer democracia, isto é, valorizar a participação de pessoas em comunidade e debate de argumentação. Atualmente, a internet, principalmente as redes sociais, tem se apresentado como resposta a essa busca, visto a facilidade de comunicação em massa proporcionado por tal. No entanto, o advindo dessa ferramenta trouxe consigo problemas, entre eles, o compartilhamento de falsas notícias, as quais acarretam muitos perigos, muitas vezes, irreversíveis.     Sobre o assunto, cabe pontuar, de início, a deficiência das pessoas em confirmar a veracidade dos fatos. Em entrevista ao jornal Washington Post o jornalista norte-americano Paul Honer, produtor de notícias falsas para a campanha do atual presidente dos Estados Unidos Donald Trump, afirmou que as pessoas não checam os fatos e tomam como verdade absoluta tudo o que leem na internet. Cabe analisar, desse modo, que a dificuldade de identificar informações falsas no noticiário afeta até países com melhores índices de escolaridade, como os Estados Unidos. Evidenciando o real motivo dos internautas possuírem um deficiente senso crítico frente as "fake news", o qual é o não conhecimento dos meios pelos quais pode ser manipulado na internet. Uma vez que nesse cenário de novos canais há uma certa vulnerabilidade no sentido de saber mediar a absorção da informação recebida, quando nas mídias tradicionais as pessoas já aprenderam a identificar sinais de demagogia.    Além disso, é interessante perceber os perigos das mentiras compartilhadas de subtrair a credibilidade da sociedade nas plataformas digitais. Muitas pessoas, por já serem vítimas das mentiras expostas na internet, concluem que as demais la divulgadas também são falsas, de sorte que ameaçam a veracidade desse espaço de função política e grande contribuidora de limitar o abuso do poder Estatal, haja vista o ocorrido na Primavera Árabe quando por intermédio das redes sociais a população derrubou um ditador do poder.      Torna-se evidente, portanto, os entraves relacionas o compartilhamento de informações mentirosas e a necessidade de serem revertidos. Logo, é primordial o protagonismo do Ministério da Educação em parceria com a mídia educativa propondo a respeito de uma educação virtual por intermédio disseminação de cartazes e propagandas que exponham características presentes nas "fake news" com intuito de ensinar a população a identificar as falsas noticias. Além da participação das redes sociais, como instagram, twitter e fabebook, em assumir a função de adicionar em suas plataformas a pergunta "tem certeza da veracidade dos fatos aqui expostos?" como requisito para o compartilhamento das postagens. Permitindo assim, uma livre forma de exercer democracia na web.