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Enviada em: 21/04/2019

Avanços na tecnologia de comunicação começaram a ganhar forma durante a Segunda Guerra Mundial com a invenção do computador digital e posteriormente da internet, no qual promoveu benefícios imensuráveis para a democratização da informação. No entanto, a julgar pelo panorama atual, houve também efeitos negativos, como: o aumento de notícias falsas compartilhadas principalmente nas redes sociais. Isso acontece muitas vezes por falta de criticidade da população, atrelada o costume de não verificar se tal notícia é confiável.   Em primeiro lugar, é válido ressaltar que a falta de senso crítico induz as pessoas não se preocuparem se realmente os links compartilhados são verdades. Isso ocorre, uma vez que em vários países como o Brasil ainda não existe em todas as escolas uma educação digital, com o intuito de instruir os indivíduos a selecionar as informações na internet de forma crítica. Nesse sentido, mentiras e boatos vêm ganhando proporções enormes que afetam o bem coletivo. Fato esse que influenciou um movimento antivacinação no estado brasileiro, em que se acreditava que as vacinas tinham matado milhares de crianças trazendo efeitos graves como, a volta de doenças que até então estavam erradicadas do país.   Em segundo lugar, infere-se que a repercussão de notícias falsas nos principais meios de comunicação serem tão comuns é a falta de aferir antes de ser publicadas. Nesse sentido, não é de costume rastrear a fonte original da informação para saber se tal notícia é mentira ou não. Essa realidade é bastante presente pelo fato de que se vive em uma cultura imediatista, segundo Zygmunt Bauman, pois embora a tecnologia tenha melhorado incondicionalmente a vidas das pessoas, ela também trouxe o desejo de respostas rápidas que muitas vezes acaba superando o desejo pela certeza de sua validade. Nesse contexto, essa simples atitude pode reforçar um pensamento errôneo, mas também é capaz de destruir uma reputação e prejudicar alguém, como foi o caso de Fabiane Maria de Jesus, vítima de um boato que dizia que ela sequestrava crianças- morta em um linchamento no Guarujá, litoral paulista em 2014.    Torna-se evidente, portanto, a necessidade de medidas que possam atenuar este cenário que prejudica a sociedade como um todo. Para isso, é função da escola, como potencial formadora opinativa, realizar palestras nas salas de aulas sobre a importância de certificar se as notícias possuem veracidades antes de postá-las ou compartilha-las na internet, mostrando os reais riscos e consequências que um simples ato de não analisar criticamente informações suspeitas podem trazer efeitos irreversíveis, por meio de profissionais da área- sociólogos-, a fim de minimizar tais eventos e formar cidadãos mais conscientes.