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Enviada em: 20/04/2019

A invenção da Internet durante a Guerra Fria foi um marco histórico da humanidade, afinal, transformou profundamente as relações de comunicação na sociedade, permitindo um fluxo rápido e instantâneo de informações para um mundo globalizado. Entretanto, a disseminação de falsos informativos nas redes digitais e seu veloz alcance planetário geram uma série de transtornos sociais. Sem dúvida, falhas nas legislações sobre informação digital e a indiferença e manipulação dos usuários são alicerces desse problema.        Primeiramente, é preciso apontar a dimensão que as falsas notícias assumiram na população. Dados do Instituto de Tecnologia de Massachusetts revelam que as “fake News” espalham-se 70% mais rápido que mensagens verdadeiras e segundo o aplicativo de segurança para Android Psafe DFNDR 8,8 milhões de brasileiros foram impactados com essas inverdades. Tal problemática tem uma causa constitucional e legal, primeiro porque não há lei que proteja os usuários e segundo que pouca atenção vem sendo dada pelas entidades governamentais em promover estratégias para filtrar as notícias falsas ou munir a população de segurança nas redes. Deste modo, sem uma fiscalização legal e recorrente pelo governo, tal problema apenas cresce.        Ademais, a manipulação dos usuários por organizações e a falta de senso crítico da população também reforçam o problema. Frequentemente, organizações sensacionalistas direcionadas a obtenção de lucros lançam informações falsas ludibriando os usuários que não procuram a fonte da informação ou usam do senso crítico em questionar tal mensagem. Deste modo, ocorre uma disseminação massiva que muitas vezes leva a transtornos sociais, como á difamação, violência e a depender da magnitude, implica na democracia, como por exemplo informações falsas sobre candidatos a postos importantes do país durante o período eleitoral.        O sociólogo espanhol Manuel Castells diz que somos uma “sociedade em rede”, que vivemos na era da informação e alerta para o fato dessa nova morfologia social alterar os fluxos de informação. Nesse contexto, cabe ao Ministério da Justiça, promulgar e aplicar ações legais sobre aqueles que disseminam "fake News", como também penalizar severamente. Ainda, é dever do governo, identificar os principais sites e organizações que veiculam falsas informações e promover sua retirada, além de criar um disque-denúncia específico para os indivíduos. Ademais, cabe ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação, desenvolver aplicativos e sistemas de segurança nas redes a fim munir os usuários de opções seguras de notícias. Finalmente, cabe as escolas, desenvolver palestras, fóruns e atividades voltadas aos riscos da disseminação de notícias falsas em redes e estimular o senso crítico. durante a navegação e intercâmbio de mensagens.