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Enviada em: 22/04/2019

Promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito a segurança e ao bem-estar social. Conquanto, o compartilhamento de mentiras nas redes sociais impossibilita que essa parcela da população desfrutem dessa prerrogativa na prática, basta ver as reputações que são arruinadas  por conta da disseminação desses boatos. Nessa perspectiva, deve haver uma discussão sobre a problemática para que esses desafios sejam superados de imediato e uma sociedade integrada seja alcançada.        É importante pontuar, desde o início, a negligência acadêmica quanto à abordagem da temática. Á guisa do pensamento Kantiano, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, sendo diretamente influenciado pela sua formação estudantil. As escolas brasileiras, porém, ao se ausentarem sobre o debate dos perigos da disseminação de falsas informações, acabam formando jovens sem o pensamento crítico. Tal fato pode ser ratificado por uma pesquisa realizada pelo site Buzzfeed que demonstra que 83 por cento dos entrevistados acreditam e compartilham noticias falsas  no Facebook.     Também, destaca-se a falta de empatia como impulsionador do problema. De acordo com o sociólogo Durkheim o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar seguido de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguido essa linha de pensamento, observa-se que muitas vezes, infelizmente, o anonimato proporcionado pela internet acaba por flexibilizar os princípios morais, resultando na destruição de reputações e linchamentos virtuais.       É evidente, portanto, a influência de fatores educacionais e culturais na problemática supracitada. Nesse sentido, cabe às escolas, em consonância com ONG's da área, orientar a população acerca dos perigos de espalhar boatos como se fossem verdade na internet. A ideia é, a partir de palestras e debates nas salas de aula, além de campanhas promovidas por influenciadores digitais, combatermos a desinformação. Paralelamente, a mídia enquanto formadora de novos comportamentos e opiniões, deve desenvolver projetos de propagação da verdade. Essa medida deve contar com propagandas educativas nos veículos de comunicação para engajar os telespectadores a terem um pensamento mais crítico, a fim de superar as mentiras nas redes e garantir a harmonia da sociedade brasileira.