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Enviada em: 22/04/2019

Por meio da revolução técnico-cientifica-informacional, o processo de globalização foi consolidado, e junto a ele surgiram a internet e as redes sociais. Nesse contexto, devido a rapidez com que as informações circulam, é inegável que o mau uso dessas ferramentas, como a disseminação de notícias falsas, pode trazer consequências catastróficas. Logo, faz-se necessário discutir as causas e efeitos dessa prática.       Primeiramente, a veiculação de boatos na internet finda a manipulação dos usuários. Assim como ocorreu nas eleições de 2018, o uso de "fake news", ou seja, "notícias falsas", foi extremamente disseminado com a finalidade de manipular os eleitores, já que quando uma informação irreal se alastra causa impactos negativos suficientes, mesmo que seja desmentida posteriormente, devido a fluidez com que ela circula, principalmente nas redes sociais da sociedade contemporânea.       Ademais, hodiernamente, as pessoas compartilham notícias sem consultar previamente a veracidade delas. Isso pode ser explicado pelo conceito de "modernidade líquida" do sociólogo Zygmunt Bauman. O ser humano acaba não pensando a longo prazo, logo, age de maneira impulsiva, pois vive em uma sociedade extremamente fluida. Nesse contexto, têm-se as correntes de WhatsApp, nas quais uma informação pode ser compartilhada com apenas um clique para dezenas de pessoas, espalhando-se de maneira exponencial. Logo, fica evidente os danos causados pelo mau uso da inernet.       Sabendo, pois, que a disseminação de boatos pode impactar substancial e negativamente na sociedade, faz-se necessário que o Ministério Público enquadre essa ação como crime cibernético e, com o auxílio de algoritmos, deve-se investigar a fonte dessas informações. Outrossim, deve haver o agravamento das penas por crimes virtuais, para que com a ajuda da lei, seja instituído a curto prazo um novo valor moral, minimizando o mau uso da internet.