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Enviada em: 19/04/2017

Segundo Habermas, filósofo, conhecido por suas teorias sobre a razão comunicativa: “Os meios de comunicação são fundamentais para a conquista da razão comunicativa”. De fato, com a chegada de aparatos de tecnologia sofisticada, como os smartphones aliados com a internet, se possibilitou o estreitamento de distâncias que, antes, pareciam enormes. Contudo, nem sempre todo esse desenvolvimento tecnológico é bem utilizado pelos usuários dos serviços de comunicação, visto que muitos indivíduos têm feito do “mundo virtual” um palco de boatos e mentiras, o que pode trazer más consequências para a sociedade.  Em virtude do compartilhamento de falsas notícias, muitos mal-entendidos sérios têm sido gerados. Em maio de 2014, a foto de uma suposta sequestradora de crianças viralizou entre os celulares, no Guarujá, município do estado de São Paulo. Reconhecida na rua, a mulher acabou brutalmente agredida por uma multidão furiosa, que a matou sem chances de defesa. A vítima, porém, era inocente.   Ademais, muitas pessoas, entre elas pessoas famosas, são vitimas de falsas declarações. Recentemente, o médico Dráuzio Varella foi vítima da mentira de uma internauta, que o acusou de afirmar que o exame de mamografia poderia gerar câncer. Entretanto, essa informação se apresenta equivocada, o próprio Dráuzio desmentiu a declaração e alertou sobre os riscos da não realização do exame de mamografia. Além do desconforto gerado para o médico, muitas pessoas poderiam deixar de realizar o exame com medo de desenvolver um câncer. Isso mostra o quão grande é a gravidade das mentiras e boatos na internet.  Portanto, faz necessário inibir a propagação de falsas notícias. Para isso é crucial a construção de uma sociedade mais crítica, capaz de investigar as fontes das notícias que lê, e mais disposta a denunciar autores de mentiras na internet. O Estado deve investir em campanhas com a distribuição de folhetos e realização de palestras dentro de todas as suas instituições, visando informar e mostrar à sociedade sobre como identificar o que é verdade e o que é boato, e que em caso de dúvida sobre veracidade da informação, o melhor a se fazer é não compartilha-la. As ONGs, em conjunto com as Associações de moradores de cada município, também devem corroborar com para inibir a propagação de falsas notícias. Elas devem realizar passeatas em locais públicos, como praças e avenidas, com o intuito de mostrar para as populações locais os riscos de divulgar informações não verídicas, e quais são as consequências que esses atos podem trazer para sua vida e para vidas alheias.