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Enviada em: 10/07/2017

O advento da primeira rede social se deu no fim do século XX, com o objetivo de unir amigos de uma universidade. Tal gênese foi ponto de partida para muitas outras que surgiram no século XXI, que atuam como principal meio de globalização da informação. Apesar de contribuir para uma rápida comunicação entre os indivíduos, as redes sociais são uma grande fonte de informações falsas, que circulam por todos os lugares onde há o acesso à internet e geram problemas para os seus alvos.            Pensar e raciocinar não são sinônimos: o pensamento é impulsivo, ao contrário do raciocínio, que é consciente. O principal problema dos usuários das tecnologias atuais é pensar e não raciocinar. A carência do raciocínio contribui para o imediatismo, que gera compartilhamento de notícias e afins - geralmente acompanhadas por uma linguagem alarmante- sem comprovação de uma fonte confiável. Somado ao baixo nível cultural, o imediatismo produz o delírio opinativo, que induz o usuário a fornecer sua opinião, mesmo sem ter conhecimento sobre o assunto. Em 2016, o Doutor Dráuzio Varella foi um alvo do problema, depois que uma mulher divulgou um vídeo -compartilhado por muitas pessoas- acusando-o falsamente de afirmar que mamografia prejudica a tireoide. Essa alegação foi muito grave, afinal, muitas mulheres poderiam parar de fazer mamografias, um importante passo para descoberta do câncer de mama.            O discurso de ódio é outra consequência da problemática. Publicar um boato falso pode denegrir a imagem de alguém -destacam-se as pessoas famosas- sendo, porém, comum atualmente. Ligado a um desejo exagerado por fama e reconhecimento, o discurso de ódio se intensifica, manifestando-se através de textos extensos no facebook, vídeos caluniadores e comentários ofensivos. Contudo, as redes sociais contam com muitas qualidades, sendo a principal delas a democratização da informação, que permite aos usuários ficarem cientes de eventos ocorridos em diversos lugares do mundo.          Fica claro, portanto, que a problemática é prejudicial e precisa ser erradicada. Com o objetivo de proporcionar um uso consciente da internet, é preciso aumentar a capacidade de raciocínio dos usuários. Para isso, a escola deve intervir através de debates, palestras e aulas temáticas, com a presença de pedagogos experientes e dinâmicos, a fim de adaptar o assunto para crianças e adolescentes, conscientizando-os sobre os malefícios desse mau uso e principalmente suas consequências. Para ratificar que existirão tais consequências, o Estado deve intervir através da tecnologia de segurança, utilizando-a para rastrear os autores do problema e consequentemente puni-los. Para assim, garantir a segurança dos usuários e o declínio do ciclo de mentiras.