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Enviada em: 12/07/2017

"Uma mentira pode viajar ao outro lado do mundo , enquanto a verdade está colocando os sapatos". A frase é do escritor norte-americano Mark Twain e retrata uma das mazelas mundo contemporâneo: o perigo de compartilhar mentiras na internet. Nesse contexto, nota-se que a flexibilidade do ambiente virtual, aliado à falta de instrução dos cidadãos, intensificam negativamente a problemática em questão.           Em primeiro lugar a facilidade com que as ferramentas tecnológicas se encontram corroboram para a veiculação das não verdades. Isso porque, mediante a oportunidade do anonimato muitos indivíduos criam situações fictícias que são propagadas pela  mídia  e acabam por atingir uma dimensão global em poucos segundos, apenas com alguns clicks. Ademais, a notícia falsa, na maioria das vezes é criada para prejudicar determinados grupos, empresas ou até mesmo instituições públicas. Reportagens exibidas no noticiário, por exemplo, relatam acontecimentos de linchamentos injustos pela população devido a publicação de conteúdos não verídicos compartilhados nos diversos meios de comunicação.        Além disso, fica evidente a imaturidade dos cidadãos, relativo ao uso dessas inovações. Em especial crianças e adolescentes, que acabam utilizando dos recursos  proporcionados pela internet como se fossem  um brinquedo, no qual compartilham quaisquer conteúdos que lhes é ofertado. Consequentemente, esses poderão se tornar adultos inconscientes que não procuram analisar a veracidade dos fatos, podendo ainda influenciar a sociedade a ter a mesma conduta, haja vista que como defendia o filósofo Francis Bacon, o comportamento humano  é essencialmente contagioso e se espalha pela  vida coletiva com extrema facilidade.            Fica claro, portanto, a necessidade de transformar a internet em um meio seguro mudando o cenário atual. Para isso, é preciso que o Segundo Setor - composto por empresas criadoras dos aplicativos e sites de entretenimento- crie mecanismos de verificação da integridade de informações, impedindo que infratores publiquem conteúdos inventados, não importa de qual cunho seja. Em consonância, cabe a Escola implantar no planejamento, aulas temáticas, debates e discussões envolvendo temas como o uso correto das tecnologia, mostrando desde cedo as novas gerações o cuidado que se deve ter com as próprias. A mídia, por sua vez, deve ser palco para veiculação de campanhas virtuais mostrando a importância de conferir as fontes das informações antes de sair compartilhando, e o estimulo a erradicação de tais praticas. Quem sabe assim, ela deixe de ser um problema e passe a agregar conhecimentos verdadeiros ao ser humano.