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Enviada em: 29/07/2017

Um boato divulgado entre estudantes do Ensino Médio que prejudicou à vida estudantil de uma secundarista. Essa é a trama principal do filme A Mentira, que mostra os riscos de um boato para o convívio social. No âmbito da internet, a chamada "pós-verdade", assim como a ineficiência dos mecanismos de combate a divulgação de mentiras em redes sociais, facilitam o espalhamento de notícias falsas e boatos. Tal realidade pode trazer riscos à vida e à dignidade daqueles que são vítimas das publicações de caráter duvidoso.        Nesse contexto, sem dúvidas, um dos fatores atrelados a essa problemática é o modo no qual as informações são selecionadas por usuários da internet. Isso porque as pessoas possuem uma tendência de compartilhar aquilo no que elas se identificam. É o que a sociologia nomeia de "pós-verdade": selecionar e divulgar informações conforme princípios individuais. Porém, infelizmente, as mentiras e boatos divulgados na internet, quase sempre, são elaborados para atrair a atenção das pessoas, usando, para tanto, manchetes chamativas, dados falsos e outros artifícios. Dessa forma, inverdades acabam sendo interpretadas como verdades pelo leitor; o que oferece , até mesmo, risco de vida para aqueles cujo as mentiras e boatos estão se referindo ( recentemente, uma mulher em São Paulo foi linchada após ter seu rosto confundido com um falso retrato falado postado no Facebook).       Entretanto, mesmo diante de tudo isso, os mecanismo de coibição da propagação de informações duvidosas na internet mostram-se ineficientes. De um lado, frequentadores de comunidades on-line não possuem o hábito de pesquisar a fonte e à veracidade das informações publicadas em sites. Por outro lado, mesmo havendo pesquisas para a criação de ferramentas capazes de excluir informações inverídicas das redes sociais ( o facebook tem se destacado em tais estudos, criando apetrechos interativos com usuários que são capazes de identificar supostas mentiras) as atuais tecnologias não são capazes de deter 100 % das publicações de conteúdo duvidoso, o que facilita a circulação de boatos pela internet.          Logo, a principal alternativa para essa questão social é a conscientização. Para tanto, operadores de comunidades virtuais, como o Instagran e o Whatsapp, podem criam campanhas multimídia (vídeos, cartazes e áudios ) de circulação em suas respectivas páginas e que estejam centradas no incentivo aos usuários de eles pesquisarem de forma detalhada as fontes das notícias divulgadas na internet antes de compartilhá-las. Além do mais, é interessante que o próprio governo, representado pelas secretarias de comunicação social, também realize campanhas que esclareçam as possíveis implicações legais que uma mentira divulgada na internet pode trazer para idealizador e publicador.