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Enviada em: 29/08/2017

Conforme narra a Bíblia, a divulgação de notícias falsas e suas consequências para as vítimas não são problemáticas recentes. As Santas Escrituras contam sobre um episódio em que Paulo e Silas foram presos injustamente sob a acusação de causar desordem na cidade. Já na sociedade atual, a propagação de boatos se dá principalmente pela Internet e redes sociais. Logo é necessário que o tipo de pessoa que divulga notícias falsas seja identificado e também, que seja esclarecido quanto é prejudicial a viralização dessas notícias.   Há dois motivos que levam um usuário de uma rede a postar um boato: para aqueles que compartilham propositalmente, é o desejo de atrair atenção para o seu portal de divulgação. Títulos chamativos e matérias sensacionalistas são como holofotes que obtém muitas visualizações rapidamente. Já para aqueles que compartilham sem saber, é exatamente isso: não sabem que se trata de uma mentira e postam em suas redes sociais, sem antes verificar se a fonte original é confiável. Além disso, muitas pessoas compartilham a matéria por causa do título mas nem leem o conteúdo dela.   Normalmente acredita-se que a propagação de notícias inverídicas não cause danos reais a ninguém. Porém há casos de apuração jornalística que provam o contrário como, por exemplo, o do senhor que teve sua venda de colchões prejudicada. Um boato de que havia terra dentro dos produtos de sua loja espalhou-se, por isso muitos possíveis clientes deixaram de realizar uma compra. No fim da história, a tal terra existia dentro dos colchões, mas era apenas para conservação da mercadoria. Um evento ainda mais grave ocorreu com um casal que mudou-se para uma nova casa e o rumor de que eles sequestravam crianças alastrou-se pelo bairro. Não demorou muito para que eles recebessem ameaças dos moradores locais e temessem sair de casa.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Observando que as pessoas que compartilham essas mentiras, geralmente, não têm a intenção de enganar a ninguém, campanhas midiáticas de teor informativo e preventivo devem ser criadas, como também divulgadas pelas autoridades competentes. Nestas campanhas serão postos em pauta conselhos a fim de que se evite o compartilhamento de notícias mentirosas, tais como: verificar a veracidade da informação e do site que publicou-a, além de não compartilhar a postagem caso não seja possível realizar essa confirmação. Também é preciso que a Safernet Brasil - ONG responsável pelo combate aos crimes e às violações aos Direitos Humanos pela Internet - crie anúncios publicitários que ensinem como fazer denúncias pelo site quando o usuário deparar-se com um falso artigo.