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Enviada em: 04/08/2017

A maravilha da internet nos beneficiou bastante, e um desses agrados foi a comunicação instantânea que nos permite atravessar fronteiras sem ao mesmo existir um deslocamento do ser humano. Mas, nem sempre esse benefício vem sendo utilizado de uma maneira correta, visto que muitos internautas tem feito a internet um lugar cheio de boatos e mentiras, o que pode trazer consequências para a sociedade.        O compartilhamento de notícias falsas, é o que mais tem na internet. E foi isso que aconteceu com Leandro Santos de Paula, em Maio deste ano, quando voltava de ônibus para sua casa do curso pré-vestibular, em Manguinhos, amigos o avisaram que sua imagem vinha circulando em redes sociais, ao lado da informação de que ele seria agente penitenciário em Bangu 8, onde o ex-governador Sérgio Cabral está preso. Como Leandro e Cabral já haviam se conhecido oito anos atrás, o sangue da internet ferveu. Em 2009, o ex-governador chamou o então adolescente de “otário” ao ser questionado sobre obras do governo e a ação policial em sua rua. O próprio Leandro gravou a grosseria. O vídeo de 2009 e a notícia de 2017 viralizaram. Sites publicaram a suposta reviravolta na relação entre Leandro e Cabral, e os internautas reproduziram a informação com gosto. Era a vingança que todos queriam contra o ex-governador, mas também era o início do tormento para mais uma vítima dos boatos da internet.        Além disso, muitas pessoas acima de tudo, artistas, são vítimas dessas notícias falsas. Um outro exemplo, foi o que aconteceu com o médico Dráuzio Varella, vítima da mentira de uma internauta, que o acusou de afirmar que o exame de mamografia poderia gerar câncer.        Portanto, o motivo crítico para proibir o compartilhamento de falsas notícias é o levantamento de uma sociedade mais crítica, capaz de investigar as fontes das notícias que lê, e disposta a denunciar todas as mentiras que vê na internet. Para que isso se torne possível, os entes do governo devem investigar sites, folhetos, palestras e notícias que não sejam verídicas. E é essencial que as consequências jurídicas sociais sejam claras e com isso punam os responsáveis.