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Enviada em: 11/08/2017

Rafael Sampaio, professor de ciência política da Universidade Federal do Paraná afirma que as pessoas tendem a compartilhar links que dizem o que elas pensam ou o que gostariam de ver nos noticiários, sem checar, sem pelo menos pesquisar para ver se acham mais de uma fonte que confirme o fato, por exemplo. Segundo ele, as fofocas e boatos sempre aconteceram, mas, com a internet a tendência é piorar.     Alguns passos são importantes para se identificar uma notícia falsa, como por exemplo, se ela é boa demais para ser verdade, se há fontes confiáveis mencionadas, se o próprio site já tem um histórico de conteúdo mentiroso, se outros veículos de comunicação divulgaram o mesmo fato e também se já não é algo que foi publicado a tempos atrás e já foi desmentido.       Boatos falsos já causaram sérias consequências, como no caso de Fabiane Maria de Jesus, que foi espancada e morta no Guarujá, litoral de São Paulo, ao ser confundida com uma suposta sequestradora de crianças que praticava rituais de magia negra. Empresas tiveram sua reputação destruídas como o dono de uma fábrica de colchões que teve um milhão de peças canceladas porque espalharam a notícia de que ele teria feito um pacto com o diabo para vender mais dos seus produtos. Existe também o boato de tratamentos de saúde oferecidos gratuitamente por grandes hospitais e de desenvolvimento de vacinas ou remédios para cura de certas doenças como o câncer.      Por isso, precisamos filtrar muito bem todo o conteúdo que lemos e não repassar antes de verificar a veracidade do fato, dessa forma evitaremos propagar mentiras e causar sérios problemas para os envolvidos, que sejamos sempre portadores da verdade e que através disso possamos diminuir o impacto negativo que as fofocas e os boatos tem trazido para o mundo em geral. Que possamos formar uma sociedade mais crítica e mais disposta a denunciar os autores de boatos na internet.