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Enviada em: 11/08/2017

Segundo o filósofo Habermas, os meios de comunicação seriam fundamentais para a conquista da razão comunicativa. De fato, com o advento de aparatos de tecnologia sofisticada, como os telefones móveis, em conjunto com a internet, foi possível a comunicação atravessar fronteiras, sem a necessidade de deslocamento humano. Contudo, todo esse desenvolvimento nem sempre é bem utilizado, visto que muitos indivíduos têm feito do “mundo virtual” um palco de boatos e mentiras, o que pode trazer más consequências para a sociedade. Não obstante Sócrates tenha afirmado, em uma de suas parábolas, que uma informação deve passar pelas “três peneiras”, sendo a primeira a da verdade, a sociedade não tem feito isso.      Em virtude do compartilhamento de falsas notícias, muitos mal-entendidos sérios têm sido gerados. Foi o que aconteceu recentemente com o médico Dráuzio Varella. Ele foi vítima da mentira de uma internauta, que o acusou de afirmar que o exame de mamografia poderia gerar câncer. Essa informação errônea pode induzir a não realização do exame.       Ademais, muitas pessoas, sobretudo artistas, são vítimas dos falsos óbitos. No início deste ano, por exemplo, a atriz Laura Cardoso foi dada como morta nas redes sociais, de forma que familiares e amigos sofreram pela suposta morte, até que a verdade foi descoberta. Além do desconforto gerado, alguém com problemas cardiovasculares poderia ter sido hospitalizado. Isso evidencia a gravidade dos boatos.       Por conseguinte, o fator crucial para inibir a propagação de falsas notícias é a construção de uma sociedade mais crítica, capaz de investigar as fontes das notícias que lê, e mais disposta a denunciar autores de mentiras na internet. Para isso, os entes do governo devem investir, nas instituições que lhes conferem, em folhetos e palestras, que visem a conscientizar sobre os riscos de divulgar informações não verídicas. E é importante que as consequências jurídicas sociais sejam explicitadas.