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Enviada em: 16/08/2017

Especialistas em comunicação digital ouvidos pela RBA afirmam que é preciso cobrar mais responsabilidade de empresas como Facebook e Google, na verificação da veracidade dos conteúdos que distribui e que a imprensa tradicional, quando traz à tona a questão das notícias artificialmente plantadas, cumpre um importante papel para conscientizar e esclarecer a população sobre o tema. No Brasil e no mundo é crescente a preocupação com a proliferação de boatos e notícias falsas pela internet, facilitada nos últimos anos a partir da popularização das redes sociais e plataformas móveis de comunicação, incluídas aí o WhatsApp e o Twitter, entre outras. Para os analistas, com o passar do tempo a população vai aprendendo a diferenciar o conteúdo falso do verdadeiro, mas alertam: as pessoas tendem a compartilhar links que dizem o que elas pensam, sem se importar se aquilo é verdade ou não. Em último caso, a saída é a Justiça. "As pessoas tendem a compartilhar links que dizem o que elas pensam ou o que gostariam de ver nos noticiários, sem checar, sem pelo menos jogar no Google para ver se acha mais de uma fonte, por exemplo. Tem uma questão patológica, que foi acelerada pela internet, que as pessoas não checam as supostas informações que recebem. É algo que sempre ocorreu. Fofocas e boatos sempre ocorreram, mesmo antes da internet. Mas, agora, a tendência é piorar", afirma Rafael Sampaio, professor de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em comunicação política na internet.  Sobre os ataques articulados, Marina Pita, jornalista e integrante do Conselho Diretor do Intervozes, organização que defende o direito à informação, diz que é preciso diferenciar quem produz conteúdo inverídico daqueles que descuidadamente os disseminam.