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Enviada em: 06/09/2017

Realidade            O antigo provérbio chinês, “uma mentira contada cem vezes se torna uma verdade”, ainda é uma realidade, uma vez que com o advento da tecnologia informacional aumentou o alcance dos boatos criados na internet e, consequentemente, seus riscos. Diante disso, o Estado procura soluções no combate das inverdades, enquanto os estamentos sociais continuam a reproduzir o conteúdo enganoso.             A priori, as notícias falsas são perigosas, já que podem abalar economias e criar conflitos, como a suposta invasão polaca ao território alemão em 1939, com esse pretexto a Alemanha invadiu a Polônia e deu início a segunda guerra mundial. Não obstante, o combate a elas é difícil. Embora, atualmente, as mídias sociais empreguem mecanismos que filtram inverdades, ainda é fácil criar e difundir uma informação caluniosa com a ajuda da própria internet pelos sites como, “criesuanoticia.com”.             Outrossim, é o anonimato que a grande rede proporciona. Mesmo que o governo brasileiro crie obstáculos contra os crimes cibernéticos, como o “marco civil da internet”, ainda assim não inibe e nem pune os culpados. Além da identidade preservada, o criminoso conta com a cumplicidade da população que não verifica as fontes noticiadas. Por conseguinte, as reproduzem a ponto de gerar barbáries como linchamento de pessoas acusadas de sequestro de crianças.            Desse modo, a pressa em julgar a veracidade de uma informação acaba por atropelar os três filtros de Sócrates, no qual o filósofo condena a reprodução dos boatos, e assim uma mentira se torna uma verdade. Por isso, as mídias televisivas e sociais, com o aporte do erário, podem por meio de peças publicitárias elucidar para a população a importância de checar a fonte antes de repassar a informação. Além disso, elas podem também salientar os malefícios das notícias fantasiosas para a comunidade. Dessa forma, o Estado deve criar punições rígidas para aqueles que propagam inverdades que possam gerar riscos com pagamentos de multas e cárcere, bem como desvendar o anonimato dos criminosos com tecnologias de rastreio digital. Ademais, a sociedade precisa entender que ela é parte importante do processo de dissipação informacional e que ela deve cobrar do Estado por mais segurança na rede. Por fim, a busca pela verdade deve ser o alicerce de uma nação desenvolvida de para que os provérbios não se tornem realidade.