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Enviada em: 12/09/2017

A incerteza das informações virtuais   Segundo o filósofo Habermas, os meios de comunicação seriam fundamentais para a conquista da razão comunicativa. De fato, com o advento de aparatos de tecnologia sofisticada como os telefones móveis, em conjunto com a internet, foi possível a comunicação atravessar fronteiras, sem a necessidade de deslocamento humano. Todavia, esse desenvolvimento nem sempre é bem utilizado, visto que muitos indivíduos começaram a espalhar notícias falsas e contraditórias, corroborando negativamente para a sociedade.   Por meio do método da dialética proposto pelo filósofo Platão, toda informação tem que ser questionada até chegar a uma verdade inabalável, porém a sociedade não tem praticado isso. Em virtude do compartilhamento de mensagens falsas, muitos mal-entendidos têm sido gerados. Foi aconteceu recentemente com o médico Dráuzio Varella. Ele foi vítima da mentira da internauta, que o acusou de afirmar que o exame de mamografia poderia gera câncer. Essa informação errônea pode induzir a não realização do exame.    Ademais, muitas pessoas são vítimas de falsas alegações que vinculam a sua imagem com um suposto crime cometido. Em meados de 2014, por exemplo, em Guarujá, uma mulher foi morta espancada em praça pública após página virtual do bairro em que vivia postar boato sobre sequestro e bruxaria. Isso evidencia a gravidade de falsas especulações que podem causar histeria coletiva e consequentemente a morte de um inocente.    Torna-se evidente, portanto, que para inibir a propagação de mentiras é preciso que a sociedade seja mais crítica e esteja disposta a denunciar boatos na internet. Logo, o Governo Federal aliado ao Ministério da educação, deve elaborar um plano de estudos sobre ética e cidadania nas escolas públicas e privadas e as redes sociais, por sua vez, devem verificar as notícias e alertar aos usuários a veracidade de tal informação. Urge, também, o papel de engajamento da mídia juntamente à Ongs, para esclarecer por meio de divulgações de propagandas televisivas e em vias onlines, os riscos de compartilhar uma mentira. Só assim, os meios de comunicação terão a sua real função de acordo com Habermas.