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Enviada em: 13/10/2017

Em 2016 o termo "pós-verdade" foi considerado a palavra do ano pelo dicionário inglês Oxford. A sua popularidade se deu através da disseminação de notícias falsas pelos meios digitais. Com isso, no Brasil cresce a preocupação devido as influências das chamadas "fake news" nas decisões políticas e na alienação mascarada sofrida pela população.   De acordo com o Behavorismo, área de estudo da psicologia, o meio influência a personalidade e as decisões tomadas pelo individuo. Dessa forma, observa-se que a circulação de fatos ilegítimos contribuem para o pensamento político da população, tornando-se cada vez mais comum a polarização ideológica, como o ocorrido no Impeachment da ex presidente Dilma Roussef, onde três das cinco notícias mais compartilhadas no Facebook sobre o assunto eram falsas, como aponta o Grupo de Pesquisa em políticas públicas da USP.     Além disso, em sites como a Google e o Facebook há um filtro de informações em que o usuário passa a ter acesso à notícias que correspondem as suas principais buscas pela web. Em consequência disso, é desenvolvido uma bolha virtual onde as pessoas ficam submetidas a apenas um ponto de vista, reforçando a sua visão de mundo e aumentando a predisposição para que ocorra o compartilhamento das notícias sem que haja a verificação da legitimidade do fato.    Portanto, nota-se que em primeira instância administradores de páginas online que tenham um grande acesso nas redes sociais, divulguem esclarecimentos acerca das notícias falsas, mostrando quais fatos realmente são legítimos e quais não são, de modo a atingir uma grande parcela da população, alertando sobre a manipulação das informações. Em segunda instância, a população através de petições online deve pressionar o Executivo para que haja a implementação do projeto de lei criado em 2017 que visa a punição de autores de notícias falsas.