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Enviada em: 30/10/2017

Segundo a teoria da modernidade líquida, elaborada pelo sociólogo Zygmunt Bauman, a evolução dos meios de comunicação possibilitou uma fluidez na disseminação de informações. Por esta razão, surgiu o termo “fake news”, em 1890, para referir-se as mentiras e boatos na internet, que tendem a ser partilhadas rapidamente, principalmente se tratando de figuras públicas, o que pode destruir não só reputação de algo ou de alguém como também dificultar na reabilitação da verdade.        Em primeira instância, vale destacar o filósofo René Descartes, que uniu a razão e a matemática para propor um conhecimento sem falhas, o que abrangia, inclusive, a prova real dos fatos. Associando ao contexto das redes sociais, que para muitas pessoas são fontes únicas de informações, podem ser consideradas falhas por não proporcionarem essa prova real, já sugerida por Descartes. O Facebook, por exemplo, é responsável por 23% das fake news, segundo um instituto de pesquisa norte-americana, chamada Ipsos.        Outrossim, esses boatos podem repercutir ainda mais quando associado às pessoas ou marcas famosas. Um clássico exemplo, foi quando divulgaram que o refrigerante Fanta Uva, comercializado pela Coca-Cola, causaria insuficiência renal e tumores. Rapidamente foi disseminado pelos consumidores, o que alterou significativamente a venda do produto, até que diretor da empresa veio à público e esclareceu o boato e relatou que todos os produtos atendem aos controles de qualidade e às determinações legais. Porém, a proporção foi tão grande que boa parte das pessoas continuam acreditando nesse boato, pois de fato a reabilitação da verdade fica comprometida.         Portanto, para que haja uma minimização dos efeitos que o compartilhamento de boatos na internet pode proporcionar, é necessário que toda a população crie um senso crítico e observem de onde vêm as notícias, se existe no relato nome do autor e especificação da data e, ainda se a notícia está presente em outras fontes. Além disso, com o fortalecimento do jornalismo, fica mais fácil de identificar as mentiras, uma vez que essa área, por questões éticas, só trabalha com a divulgação de notícias quando há uma total certeza de que são verdadeiras.