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Enviada em: 19/02/2018

Com a ascensão da internet no mundo globalizado, a informação deixou de ter apenas sentido emissor-receptor. Isto é, no cenário atual de redes sociais e aplicativos de mensagens, qualquer pessoa com um celular conectado a rede,pode compartilhar dados instantaneamente com todo o planeta em um simples apertar de botão. No entanto, o que é uma importante ferramenta para a comunicação, pode gerar transtornos aos cidadãos quando mentiras ou boatos são propagados a web.    Em primeira análise, cabe pontuar que de acordo com um estudo realizado em 2016 pela agência Advice Comunicação Corporativa, 78% dos brasileiros se informam por redes sociais. Destes, 42% admitem já ter compartilhado notícias falsas, o problema é que muitas dessas pessoas acreditam estar fazendo a coisa certa. Mas, essa é a principal intenção de alguém que deseja propagar uma mentira ou um boato, pois sempre é feito de algo que parece revoltante ou convidativo.    Ademais, provoca o leitor de modo que não venha a refletir sobre o que está compartilhando. Nessa natureza, temos por consequência casos como o da senhora Fabiane Maria de Jesus, que veio a óbito depois de ser linchada no interior do estado de São Paulo em 2014. Ela foi vítima de um boato,que afirmava que a jovem sequestrava crianças para rituais de magia negra. isso é responsabilidade de boa parte dos 42% da pesquisa citada.    Portanto, denota-se que espalhar mentiras ou boatos a internet pode causar consequências irreversíveis. Posto isso, o governo federal deve criar um órgão público, voltado a cobrar de grandes sites como Google e Facebook, ferramentas e mecanismos para que o usuário possa averiguar a veracidade das informações lidas. Além disso, o Ministério da Comunicação em parceria com empresas privadas e ONGs, deve criar um manual com medidas sobre a responsabilidade de cada pessoa em compartilhar informações falsas, cabendo a mídia a ampla divulgação de tal material. Dessa forma, casos como o da jovem Fabiane dificilmente voltarão a acontecer.