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Enviada em: 17/04/2018

Em 2017 um controverso assunto ganhou as manchetes midiáticas: a internação compulsória de dependentes químicos realizadas a pedido do prefeito de São Paulo, João Doria. A medida foi inspirada em um acontecimento similar efetuado na década de 70, nos Estados Unidos. Não obstante, ambas equivalem, da mesma forma, na ampla sequela social resultante às ações implementadas. Em suma, discutir a temática tornou-se impreterível.  Em primeiro lugar, vale ressaltar que apesar da semelhança entre as intervenções, é evidente que as nações supracitadas vivenciam realidades divergentes, no que diz respeito as drogas. Logo, devem buscar soluções que se adequem ao país. Destarte, para o Brasil, as medidas devem seguir a problemática social. Desta maneira, os dependentes químicos devem ser tratados consentidamente, a fim de reduzir a necessidade do entorpecente.  Outrossim, conforme respaldado por lei, a Constituição de 1988 diz que o Estado deve garantir saúde a todos. Diante disso, o usuário é amparado legalmente, no que diz respeito a sua situação clínica, contudo, a esfera governamental aposta, erroneamente, em iniciativas ultrapassadas para combater a problemática. Tal desacerto culmina em um ciclo onde onde o subjugado não é ressocializado socialmente, o que viabiliza a exiguidade de políticas públicas voltadas à saúde.  Torna-se evidente, portanto, a indispensabilidade de reduzir a adversidade no que tange ao uso de substâncias químicas. Primeiramente, é necessário restituir as leis antidrogas, entretanto, para que isso aconteça é indubitável que urge uma reformulação na educação. Sobretudo, na forma em que a temática dos entorpecentes é abordada, desta maneira, é incontrovertível que o jovem estude o assunto desde a instituição básica. Ademais, o Brasil deve instituir políticas voltadas a essa população, como por exemplo a de redução de danos, implantada em Portugal e Holanda, que obteve notório sucesso e eficiência. Contudo, a diretriz deve se adequar ao país, com a finalidade de alcançar as metas desejadas. Por fim, a nação brasileira não mais irá cometer o equívoco de tratar o usuário como criminoso e, imediatamente, colocará em prática a ideia central do Iluminismo, que diz que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro.