Enviada em: 23/04/2018

O Direito é um instrumento utilizado na regulação da vida em sociedade, capaz de permitir ou proibir determinados comportamentos. O cumprimento das leis que regulam o consumo de álcool e cigarro e que estabelecem a ilicitude de diversas outras drogas, entretanto, ainda é muito problemático. Fatores de caráter cultural e educacional são as principais causas desse desrespeito no Brasil.     É importante pontuar, de início, a permissividade vigente em território nacional. A negligência, por parte dos comerciantes, na venda de bebidas e cigarros, bem como o incentivo ao consumo em algumas famílias, retratam um cenário de banalização dessa irresponsabilidade. Tal fato pode ser ratificado pela pesquisa realizada pelo IBGE, que afirma um crescimento no número de concluintes do nono ano do ensino fundamental que já experimentaram álcool, cigarro e maconha. Os riscos desse fenômeno são alarmantes, não só em relação à saúde, como também ao desenvolvimento psíquico dos jovens.     Outrossim, tem-se a falta de uma participação ativa da escola nesse contexto. À guisa de Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, e a falta de diálogo é latente no ambiente acadêmico. Presos a uma grade curricular extremamente rígida, falta espaço para que os professores possam trabalhar com as situações e angustias que afligem os alunos durante a adolescência. Essa falta de comunicação os tornam mais vulneráveis para lidar com os perigos relativos a essa fase.     É inegável, portanto, a relevância de fatores culturais e educacionais para a temática abordada. Nesse sentido, é importante que o Estado, em parceria com a mídia, crie um projeto de conscientização para a a população. A ideia é lançar chamadas, nos principais veículos de comunicação, que estimulem o diálogo nas famílias acerca da gravidade das drogas na vida do indivíduo, bem como maneiras dos jovens lidarem com situações em que são expostos a essas drogas. A finalidade da medida é diminuir os riscos que envolvem o consumo de drogas por esse grupo.