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Enviada em: 18/05/2018

Comum. Crescente. Preocupante. Assim se configura a realidade do consumo de álcool e outras drogas no Brasil. Apesar de proibida a venda de produtos alcoólicos e psicoativos para menores de 18 anos, a falta de fiscalização e a naturalização no âmbito familiar são fatores determinantes e incisivos para a pertinência desse dilema social. Dessa forma, o combate a essa problemática dever ser uma meta coletiva, urgente e inadiável.      Destarte, a ausência de fiscalização efetiva nos estabelecimentos propicia facilidades para os jovens obterem drogas, principalmente o álcool. Desse modo, segundo o IBGE, cerca de 70% dos adolescentes já consumiram bebidas alcoólicas e 10% já usaram substâncias ilícitas. Nesse bojo, para a neuropsicologia, é comum o pensamento errôneo dos menores em achar que tem controle sobre o uso dos psicoativos. Em decorrência disso, é inegável a correlação do uso precoce e abusivo de drogas com as diversas doenças e problemas que tais proporcionam, como: retardamento do amadurecimento cerebral, futuro câncer e doenças cardíacas, além da possibilidade de dependência da substância.     Outrossim, para o escritor brasileiro Içami Tiba," a educação não pode ser delegada apenas à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre". Nessa perspectiva, a participação da família na orientação sobre os riscos do consumo precoce de álcool e outras drogas é dever fundamental, haja vista que os entorpecentes afetam, diretamente, o sistema nervoso. Assim, a negligência dos pais em alertar sobre o assunto acomete em grande possibilidade dos filhos adentrarem e abusarem do mundo dos psicoativos, tornando-os mais agressivos, tristes e frustrados.      Torna-se evidente, portanto, que o Governo e a sociedade civil adulta necessitam tomar medidas para combater o avanço do consumo de entorpecentes. Destarte, o Poder Legislativo, por meio da Câmara de Deputados, em parceria com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Polícia Militar, deve criar leis que obriguem os estabelecimentos a fixarem avisos de proibição da venda de álcool para menores, além da solicitação da identidade para sua comercialização, sendo papel do ECA e da Polícia Militar fiscalizar, a fim de dificultar o acesso dos jovens a esses produtos. Ademais, o Ministério da Educação, por meio das escolas, deve promover  reuniões com pais, alunos, professores e psicólogos, a fim de informar aos responsáveis a como orientar os adolescentes sobre os riscos dos entorpecentes, a fim de decrescer o número de adolescentes que usam drogas antes dos 18 anos.