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Enviada em: 23/07/2018

Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, o ser humano vive atualmente em uma era de incertezas, longe da possibilidade de prever e predizer os acontecimentos. Diante dessas imprecisões, as vidas de adolescentes são diretamente afetadas, ainda mais porque essas são fases marcadas por mudanças psicológicas e comportamentais significativas em um indivíduo. Desse modo, como forma de amenizar a pressão e as frustrações sociais, os jovens acabam consumindo drogas capazes de oferecerem, momentaneamente, sensações prazerosas que podem levar a uma condição de “felicidade”.       Em primeiro plano, vale ressaltar que, embora exista uma lei que proíba a consumação de produtos alcoólicos por indivíduos menores de 18 anos, tal norma, nos dias atuais, não vem sendo eficaz. Pois, de acordo com uma pesquisa divulgada, em 2017, pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística, o percentual de jovens com idade entre 13 e 15 anos, que já experimentaram bebidas alcoólicas, subiu de 50,3%, em 2012, para 55,5% em 2015; já a taxa dos que usaram drogas ilícitas aumentou de 7,3% para 9% no mesmo período. Dessa forma, cabe citar, por exemplo, a aceitação social, a atitude de pessoas próximas e a desinformação sobre as consequências que esses tipos de substâncias podem desencadear como causas da busca por tais mercadorias.      Sob o último ponto citado acima, as consequências negativas que as drogas causam para os usuários não são imediatas, fato que aumenta a alienação dessas pessoas. No entanto, indivíduos próximos aos consumidores podem sofrer, como, por exemplo, quando um indivíduo está em estado de embriaguez tende a aumentar o número de acidentes no trânsito, sexo desprotegido, violência doméstica, criminalidade e agressividade. Somado a isso, em longo prazo, os sujeitos consumistas podem, de acordo com a Medicina, apresentar doenças pulmonares, cardíacas e até cometerem suicídios, uma vez que, várias drogas ilícitas acometem também o sistema nervoso.     Fica claro, portanto, que o Ministério da Justiça deve criar novos cargos e repassar recursos financeiros às polícias estaduais e federais para, mediante licitações, contratar novos profissionais, a fim de aumentar a fiscalização e punição aos indivíduos que consumirem e venderem produtos ilícitos para menores de 18 anos. Além disso, as prefeituras, através de uma parceria, poderiam fornecer lugares públicos para as organizações não governamentais realizarem palestras e conferências, por meio de especialistas da saúde, objetivando conscientizar a população apresentando os malefícios que as drogas causam para os usuários, para que, assim, a sociedade possa refletir e repensar antes de consumir determinadas mercadorias pretendendo aliviar o estresse social.