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Enviada em: 02/08/2018

Como consequência direta de uma sociedade hedonista e permissiva, o consumo de drogas tem crescido no Brasil e no mundo. A facilidade de acesso e a falta de discussões sobre o assunto fazem com que as pessoas se tornem usuárias cada vez mais cedo, geralmente sendo o álcool o primeiro contato. Os riscos que essas substâncias trazem à saúde são incontáveis e quanto menor a idade em que o indivíduo se envolve com elas, maiores são as chances de dependência química, patologias e outros problemas. O filme "Cidade de Deus" - inspirado na obra de Paulo Lins - relata a relação entre o tráfico e a violência urbana. O protagonista Zé Pequeno torna-se um dos mais temidos criminosos depois de crescer em meio ao mundo das drogas. Fora das televisões, a realidade é a mesma e o consumo e a criminalidade estão cada vez mais próximos. A venda de substâncias ilícitas no país tem tomado proporções maiores, especialmente nas periferias. Por envolver uma enorme quantidade de dinheiro, muitas pessoas acabam deixando de estudar para viver ilegalmente desse tipo de atividade, que tem relação direta com o aumento no índice de violência e assassinatos no país. Entretanto, um grande erro é se preocupar apenas com as drogas ilegais, enquanto a o cigarro e o álcool são grandes vilões. Além de serem as primeiras substâncias apresentadas, são ainda as responsáveis pelo maior número de mortes. Influenciados por colegas ou adultos que as utilizam para uma "fuga da realidade", os adolescentes acabam as experimentando sem serem informados da ameaça que são à saúde humana. O álcool causa um número preocupante de óbitos no Brasil por inúmeras razões, desde a desobediência da Lei Seca até o desenvolvimento de doenças hepáticas. Já o tabaco, traz riscos além de individuais, também à quem está próximo ao fumante, os chamados "fumantes passivos" Dessa forma, é possível perceber que a situação é caótica e medidas urgentes devem ser tomadas.Cabe ao Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Saúde tornar o debate mais frequente nas escolas por meio de palestras mensais informando sobre os riscos que essas substâncias trazem. Já o Ministério do Lazer deve promover programas de recreação e esporte para que as crianças nas áreas marginalizadas tenham uma infância digna e longe de tais práticas. Por fim, a mídia deve investir mais em propagandas ou personagens de novelas que demonstrem a necessidade de os pais protegerem os filhos inclusive das drogas lícitas, fortalecendo o debate também nas famílias. A adolescência é uma fase conflituosa em que surge a vontade de conhecer coisas novas e encontrar sua própria identidade e, só assim, ela pode ser vivida de maneira mais segura.