Materiais:
Enviada em: 13/08/2018

A obra intitulada "A morte de Ivan Ilitch", de Lev Tolstoi, discorre a respeito da falta do senso de coletividade e crítica ao imediatismo. Apesar de toda a subjetividade, a trama serve como um gancho para abordar sobre a demanda crescente do uso de drogas lícitas e ilícitas, principalmente, entre os jovens a partir do momento que é corroborada a dicotomia existente entre influências sociais e legados culturais. Dessa forma, compreender os impactos da mesma na sociedade: eis um desafio à contemporaneidade.  Considera-se, antes de tudo, que a postura social coaduna com a cultura de valorização do uso de substâncias químicas. Pressão social dos amigos, busca pelo prazer e autoafirmação são alguns dos mais variados exemplos que ratificam como a complacência social é dominada por uma ótica que perde a oportunidade de garantir integridade e segurança aos jovens no Brasil. De acordo com o filósofo Jurgen Habermas, a consolidação de uma "ética da discussão" corrobora com o fortalecimento dos âmbitos morais. Entretanto, a máxima postulada por Habermas não se aplica ao tratar da tendência retrógrada dos indivíduos. Afinal, a temática é agravada, principalmente, pela exposição e exaltação da cerveja e outras substâncias, por exemplo, pela mídia.   Analisa-se, também, a perpetuação das consequências da problemática. Segundo o líder pacifista Mahatma Gandhi, o futuro dependerá dos atos perpetrados no presente. Concomitantemente, os efeitos dos maus hábitos relacionados aos tóxicos são extensos e podem perdurar por toda a vida. Haja vista que a tendência do uso de drogas e álcool tornam-se cada vez mais precoces. Desse modo, a modernização da sociedade não parece acompanhar a conduta juvenil que tende a ser mais vulnerável aos problemas de desenvolvimento físico e mental, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez, violência, acidentes de trânsito e dependência química.    Fica claro, portanto, que fazem-se necessárias medidas para tornar viável um âmbito social que garanta a segurança, integridade e bem-estar dos jovens. O Ministério da Saúde, junto as ONGs, deve monitorar as leis já existentes, na tentativa de punir os que infringem o legislativo com multas ou perca de licença do funcionamento das empresas, por meio da disponibilização de profissionais para fiscalizar estabelecimentos que predomina venda de bebidas alcoólicas, utilizando o dinheiro da cobrança dos impostos para que haja o cumprimento de tais políticas públicas. Também, é de suma importância que a mídia, como grande formadora de opiniões, use a ficção engajada a fim de estimular o debate acerca do quesito difundindo uma cultura de criticidade, seja por meio do uso de dados, matérias jornalísticas, documentários e jornais. Só assim, com a mobilização de um todo, haverá mudanças.