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Enviada em: 16/08/2018

No livro "Sóbrio, evite o primeiro gole", o psiquiatra John Cooney descreve sobre os sinais, efeitos e complicações do alcoolismo, estabelecendo relação direta com o uso precoce do álcool. Desse modo, apesar de proibida a venda de produtos alcoólicos para menores de 18 anos, é notório o aumento do consumo de álcool e outros psicoativos no Brasil. Nesse contexto, a naturalização no âmbito familiar e a falta de fiscalização são fatores decisivos para o agravamento desse dilema social. Assim, o combate a esse problema deve ser uma meta coletiva, urgente e irrevogável.     Destarte, a ausência de fiscalização efetiva nos estabelecimentos propicia facilidades para os jovens obterem drogas , principalmente o álcool. Dessa forma, segundo o IBGE, cerca de 70% dos adolescentes já consumiram bebidas alcoólicas e 10% já usaram substâncias ilícitas. Nesse viés, para a neuropsicologia, é comum o pensamento errôneo dos menores em achar que tem controle sobre o uso dos psicoativos. Em decorrência disso, é evidente a correlação do uso precoce e abusivo de drogas com as diversas doenças e problemas que tais proporcionam, como: retardamento do amadurecimento cerebral, risco de câncer e doenças cardíacas, além da possibilidade de dependência da substância.   Outrossim, para o escritor brasileiro Içami Tiba, " a educação não pode ser delegada apenas à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre". Nessa perspectiva a participação da família na orientação sobre os riscos do consumo precoce de álcool e outras drogas é dever fundamental, haja vista que os entorpecentes afetam, diretamente, o sistema nervoso. Assim, a negligência dos pais em alertar sobre o assunto acomete em grande possibilidade dos filhos adentrarem e abusarem do mundo dos psicoativos, tornando-os mais agressivos, tristes e frustrados.     Torna-se evidente, portanto, que Governo e Sociedade Civil devem agir em harmonia para solucionar o problema supracitado. Destarte, o Poder Legislativo, por meio da Câmara de Deputados, em parceria com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Polícia Militar, deve criar leis que obriguem os estabelecimentos a fixarem avisos de proibição da venda de álcool para menores, além de solicitar a identidade dos clientes para a venda dos insumos alcoólicos, sendo papel do ECA e da Polícia Militar fiscalizar, a fim de dificultar a acessibilidade dos jovens a esses produtos. Ademais, os Ministérios da Educação e da Saúde, por meio da escolas, devem colocar em prática o projeto " Saúde na Escola", que realiza, em parceria com nutricionistas, psicopedagogos e as famílias, um trabalho de prevenção, no intuito de alertar sobre os riscos e consequências do uso de psicoativos na adolescência.