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Enviada em: 16/08/2018

Na obra “Merlí”, é possível observar a utilização deliberada do álcool e do tabaco por alunos de escolas da Espanha. No entanto, esse não é um cenário somente espanhol, o aumento do consumo dessas drogas representa um dos principais problemas brasileiros. Nesse sentido, a negligência familiar e a ausência de fiscalizações são fatores que merecem destaque.        É notório que o papel dos pais na vida dos adolescentes influencia ações e o comportamento dos mesmos. Isso acontece porque, durante essa fase, a formação do cérebro não está completa, uma vez que, a área responsável pelo prazer e pelas vontades está mais desenvolvida do que a do controle e decisões, de acordo com a Neurociência. Dessa forma, o acompanhamento e instrução familiar contribui para o crescimento do consumo dessas substâncias entre os adolescentes, já que estes, ainda, não estão aptos para decidirem de forma sensata. Assim, segundo a Unifesp, o uso de entorpecentes afeta o aprendizado gera depressão, agressividade e diminui os reflexos nervosos juvenis.          Outrossim a falta de fiscalização é, também, um relevante fator. Conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é proibido qualquer venda de bebidas ou similares aos menores, porém a falta de vigilância promove um ambiente propício a disseminação de drogas. Nesse contexto, infelizmente, é comum o uso de bebidas alcoólicas e a compra por jovens, principalmente em festas, além do consumo de entorpecentes. Por consequência do inexistente controle, 55% dos adolescentes já consumiu algum tipo de drogas, como aponta dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas.          Para combater o problema e os seus efeitos, portanto, ações devem ser realizadas. Consoante a isso, o Ministério da Educação deve, em parceria com o Ministério da Saúde, promover projetos que incluam palestras, debates, discussões e programas educacionais, envolvendo a comunidade escolar e especialistas  para orientar, esclarecer dúvidas e construir consciência coletiva frente ao problema. Além disso, o ECA e as Secretarias Municipais podem promover maiores fiscalizações em comércios de bebidas e em outros locais, aplicando multas, advertencias e fazendo denúncias para combater a venda ilegal aos menores. Afinal, aclarando Içami Tiba, “a educação é dever da escola com concomitância com a família”.