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Enviada em: 27/08/2018

É perceptível a necessidade de ir de encontro ao alcoolismo precoce, uma vez que, segundo o INPAD (Instituto Nacional Pesquisa do Álcool e Outras Drogas), cerca de 49% dos jovens brasileiros, a maioria entre 14 e 21 anos, consomem bebidas alcoólicas. Tal cenário preocupante está ligado, principalmente, à inoperância estatal e ao conceito de viés de grupo.       Convém ressaltar, a princípio, que o estado falha ao não promover políticas ostensivas que visem a desglamourização do consumo alcoólico. Dessa forma, milhares de adolescentes ingerem bebidas de maneira irresponsável, sem conhecimento acerca dos malefícios que podem surgir a longo prazo, como os problemas hepáticos. Ademais, impende salientar, também, que segundo o sociólogo francês Michel Foucault, a sociedade tende a omitir diálogos sobre temas tabus, assim, uma grande parcela das famílias não esclarece para as crianças os efeitos nocivos de tal consumo exagerado.        Somado a isso, tem-se o fato de que os jovens tendem a reproduzir determinados comportamentos para possuírem a sensação de pertencimento a algum grupo - tal afirmação diz respeito a um conceito da psicologia social, o 'Viés de Grupo'. Isso faz com que os indivíduos ajam por impulso na busca de uma aceitação, seja em relacionamentos de amizade, seja em relacionamentos amorosos. Logo, nota-se que a atuação estatal é fulcral para a resolução desse impasse.       Portanto, tendo em vista esses entraves, necessita-se, urgentemente, que o Poder Público, em parceria aos segmentos midiáticos, desmanche a ideia de que o consumo de bebidas alcoólicas é importante para viver em sociedade, por meio de comerciais, debates públicos e distribuição de cartilhas educativas em instituições de ensino, com vistas a incentivar os pais e responsáveis a dialogar o quanto antes a respeito da problemática e explicitar, aos jovens,  os imbróglios decorrentes do consumo inapropriado e irresponsável dessa droga.