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Enviada em: 31/08/2018

De acordo com Aristóteles, importante filósofo grego, o desejo de conhecer é inerente à natureza humana. Tal reflexão nos permite compreender a curiosidade que rege o consumo de álcool e drogas por adolescentes no Brasil. Logo, é importante discutir a problemática, tendo em vista os riscos que essa equivocada atitude gera em nossa juventude.     Em primeiro plano, para Francis Bacon, filósofo empirista, o comportamento humano é contagioso. Essa afirmação vai de encontro a necessidade de o jovem ser aceito socialmente, catalisado por meio do uso de bebidas alcoólicas e psicoativas. Logo, é primordial o acompanhamento familiar e diálogo informativo acerca das consequências do consumo precoce de álcool. Entretanto, a ausência de medidas preventivas, tanto no âmbito familiar, quanto no escolar, torna-se preponderante para o precoce consumo alcoólico. Com isso, por estarem em fase de crescimento, as implicações fisiológicas são mais severas, gerando graves distúrbios de personalidade, bem como a perda do rendimento escolar.    Ademais, é importante ressaltar que a mídia com seu poder persuasivo é responsável pela influência do consumo de bebidas alcoólicas entre jovens. Em situações festivas e divertidas, as propagandas televisivas associam prazer e sociabilidade ao consumo de álcool. Com isso, por estarem em fase de formação de caráter, os adolescentes são facilmente influenciáveis. Logo, atrelado ao fácil acesso à compra de bebidas alcoólicas, propiciadas pela passividade de comerciantes, bem como pela falta de fiscalização, perpetua-se a problemática em nosso país. Prova disso é que 60,5% de adolescentes entre 12 a 18 anos declararam já ter consumido álcool.       Diante desse contexto, torna-se necessária a adoção de medidas. O Ministério da Educação pode implantar na grade curricular do Novo Ensino Médio, disciplinas ministradas por psicólogos acerca dos efeitos e combate à drogas e álcool, de modo a alertar e diminuir o consumo dessas substâncias por menores. Além disso, é imprescindível que a Anvisa fiscalize de forma efetiva a venda de bebidas alcoólicas em nosso país.