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Enviada em: 31/08/2018

Segundo Zygmunt Bauman, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade líquida”, vivenciada durante o século XX. Ao analisar o pensamento do sociólogo polonês, essa realidade imediata perpetua-se com os riscos do consumo de álcool entre jovens menores de idade, e em detrimento com a pouquidade de fiscalizações pelo Estado e a ineficácia das instituições de ensino no que tange ao desenvolvimento de pensamento crítico nos adolescentes, efetiva-se como uma das maiores incógnitas do território brasileiro.          Em primeiro plano, é incontestável que os aspectos governamentais estejam entre as principais causas do consumo proibido do álcool entre os adolescentes brasileiros. De acordo com o artigo 3 da Constituição brasileira, é dever estatal construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantindo o desenvolvimento nacional. No entanto, seguindo os últimos dados lançados pelo jornal NEXO, relacionados ao envolvimento de jovens de forma precoce às drogas lícitas, a ação legal encontra-se distante da efetivação, haja vista que os índices da problemática continuam a aumentar.            Não obstante, evidencia-se a forma como as escolas brasileiras ministram o saber, impulsionador do problema. Conforme Michel de Montaigne, a mais honrosa das ocupações é servir ao público e ser útil às pessoas. Todavia, de maneira análoga à ideologia do filósofo, a atuação produtiva das instituições de ensino à sociedade encontra-se distante no país, uma vez que as escolas não dispõem de ensinamentos que vão além de livros didáticos e de aplicação de provas para passar os alunos de ano letivo, tais como: ética e cidadania.         O combate à liquidez citada inicialmente, a fim de conter o avanço dos índices de jovens no alcoolismo, deve tornar-se efetivo, posto que a ineficácia das leis vigentes e a carência de relações sociais efetivas garantem a resistência do problema. Sendo assim, o Governo Federal deve dispor de grupos de fiscalizações e de câmeras em locais onde vendem bebidas alcoólicas, fazendo-se obrigatória a apresentação do RG (Carteira de Identidade) no ato da compra, com finalidade de reduzir a facilidade de se obter tais bebidas. Aliado a isso, as escolas coligadas aos pais, promovam palestras e bate-papos sobre os riscos do consumo precoce do álcool e seus efeitos, a fim de tornar os jovens à vontade para conversar sobre suas dificuldades e pedir ajuda.